25/06/2025
A série de ataques a ônibus na cidade de São Paulo seguem aterrorizando operadores do sistema e passageiros. Em 10 dias foram registradas mais de 200 ocorrências com vandalismo na Região Metropolitana, das quais 125 apenas na capital nas regiões Norte, Leste e Sul.
Em entrevista ao Jornal da Record, o secretário de organização e relações do trabalho, juventude e pessoas com deficiência do Sindicato e vice-presidente da FTTRESP, Nailton Francisco de Souza (Porreta), disse que a entidade está preocupada com o bem-estar e proteção dos trabalhadores e pede providências por parte dos órgãos de segurança pública.
“A escala da violência deixa os motoristas tensos e com razão, pois temem que as ações criminosas possam gerar consequências terríveis, com risco real à sua saúde e dos passageiros que transportam”. E afirma. “O Sindicato encaminhou ofício para a Secretaria de Segurança Pública cobrando, uma vez mais, proteção aos profissionais do transporte”.
No documento (ofício presidência nº 186/2025) – aos cuidados do secretário estadual de segurança pública Guilherme Derrite – o presidente do Sindicato Valdemir dos Santos Soares (Moleque) pede ações ostensivas urgentes, pois “os diversos episódios de vandalismo e depredação de ônibus em diferentes regiões da cidade, colocam em risco não apenas o patrimônio público, mas, sobretudo, a integridade física dos motoristas, cobradores e passageiros”. E afirma que “a situação tem gerado grande preocupação entre os profissionais da categoria, que se sentem expostos à violência e à insegurança no exercício de suas atividades”, completa.
Aos portais UOL e Estadão, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil afirmou que investiga os casos. Na cidade de São Paulo, a Guarda Civil Metropolitana (GCM), disse ter reforçado o patrulhamento nas regiões onde ocorreram os ataques.
“Confiamos no trabalho efetivo das forças de segurança para identificar, prender e punir com o rigor da lei aqueles que instauram o caos e o medo entre as pessoas. Nossos companheiros querem trabalhar em paz e segurança”, ressaltou Nailton.
As empresas afetadas pelos ataques foram Santa Brígida, Gato Preto, A2, Pêssego, Ambiental, Transpass, Metrópole Paulista, Transunião, Express, Via Sudeste, Mobibrasil e Campo Belo.
A direção do Sindicato reitera orientação aos diretores de base que representam os trabalhadores nas empresas afetadas, que prestem atendimento e suporte aos operadores vítimas dos ataques, bem como peçam às empresas a suspensão ou remanejamento das linhas afetadas até o cessar do problema.
Fonte: Sindimotoristas-SP
UGT - União Geral dos Trabalhadores