02/07/2025
Desde o dia 12 de junho, quando iniciou os ataques a ônibus em São Paulo e Região Metropolitana, a pergunta que a sociedade faz todos os dias é: “o que está por trás de tanta violência?”.
E mais intrigante neste estado de caos é o fato de que até agora ninguém foi preso. E os números vão se tornando preocupantes e estarrecedores. Mais de 350 ataques em todo Estado de São Paulo, dos quais mais de 180 somente na capital, onde se concentra a base de trabalhadores que representamos no transporte urbano.
A direção do Sindicato tem enveredado todos os esforços em busca de proteção aos operadores – motoristas e cobradores – e também aos passageiros, que estão na mira perigosa da marginalidade.
Em entrevista ao Jornal Hoje (30/06), reproduzida no Bom Dia São Paulo desta terça-feira (01/07), ambas na TV Globo, o secretário de organização e relações do trabalho, juventude e pessoas com deficiência, Nailton Francisco de Souza (Porreta), disse que os ataques sem ações ostensivas de combate tem trazido preocupação em toda a categoria.
“Os ataques precisam ser investigados, pois o aumento descontrolado está causando pânico nas pessoas. Queremos dialogar com a SSP, onde junto com representantes do setor patronal possamos traçar estratégias conjuntas para o enfrentamento e oferecimento de conforto e segurança a operadores e passageiros”, destacou.
O Sindicato encaminhou ofício direcionado à Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo, onde pede reunião em caráter de urgência para tratar do problema e propor a criação de delegacia especializada na proteção ao transporte público, que inclusive foi apresentado em ofício datado no dia 13 de agosto de 2024.
A entidade tem pedido de forma reiterada às forças de segurança – Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Civil Municipal – medidas ostensivas nos locais onde ocorreram os ataques em proteção aos motoristas, cobradores e passageiros.
Também solicitou às empresas o remanejamento de ônibus atacados das linhas com maior incidência – o que tem sido feito – com o objetivo de preservar o bem-estar dos usuários do transporte. E presta atendimento e suporte aos companheiros e companheiras que tornaram-se vítimas.
SSP promete conversar
A Secretaria de Segurança Pública, por meio de nota à imprensa, informou que os departamentos de combate a crimes cibernéticos e de patrimônio estão investigando os casos. E o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Polícia Civil vai conversar de forma integrada com os sindicatos laboral e patronal para discutir ações práticas no enfrentamento a violência.
Fonte: Sindimotoristas-SP
UGT - União Geral dos Trabalhadores