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UGT e Comerciários entram com ação contra a ANS e protestam contra abusos dos planos de saúde


04/07/2025

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) e o Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP) fizeram, na manhã do dia 04, um protesto em frente à sede da Justiça Federal, na Avenida Paulista. Com carro de som, faixas e falas contundentes, o ato denunciou os abusos cometidos por operadoras de planos de saúde e cobrou uma atuação mais firme da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).


Durante o protesto, foi anunciada a entrada de uma Ação Civil Pública movida pela UGT contra a ANS. A ação exige que o órgão cumpra sua função de fiscalizar o setor e tome medidas urgentes para impedir as práticas abusivas. Também foi pedida uma indenização de R$ 50 milhões por danos morais coletivos, valor que deve ser destinado ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).


Entre os problemas mais graves apontados estão:


Aumentos abusivos nas mensalidades;


Recusas de cobertura para exames e tratamentos importantes;


Limites injustos em sessões de terapia;


Falta de transparência nos contratos;


Cancelamentos unilaterais, inclusive de pacientes vulneráveis;


Discriminação contra pessoas com doenças pré-existentes.


O presidente da UGT e do SECSP, Ricardo Patah, criticou a omissão da ANS e citou casos reais de descaso. Um deles foi o da dentista Dra. Tereza, funcionária do sindicato, que quebrou a clavícula e esperou 30 dias por autorização para a cirurgia — que só saiu após decisão judicial. Nesse tempo, ela ainda pegou Covid-19. “Entramos com a ação na 5ª Vara Federal porque não dá mais para aceitar esse descaso. Só no ano passado, mais de 300 mil ações judiciais foram movidas contra planos de saúde. São 300 mil pessoas ignoradas por um sistema que deveria protegê-las”, afirmou Patah.


Ele também falou sobre trabalhadores diagnosticados com câncer, que enfrentam semanas de espera para começar o tratamento. “No momento mais difícil da vida, ainda precisam lidar com a burocracia e o abandono. Isso é desumano”, disse.


Josimar Andrade, dirigente do SECSP, também esteve no protesto e chamou de “vergonhosa” a situação atual da saúde suplementar no país. Ele lembrou que, mesmo com tantas denúncias, o setor teve lucro de 114% recentemente. “Enquanto trabalhadores sofrem para conseguir atendimento, os planos de saúde lucram como nunca. Isso mostra o tamanho da desigualdade no acesso à saúde”, destacou.


Durante o ato, os manifestantes também defenderam o fim da jornada 6x1 no comércio, alertando para os prejuízos que ela causa à saúde física e mental dos trabalhadores. “Não dá pra falar em qualidade de vida quando o trabalhador mal tem tempo para descansar”, reforçou Josimar.


A UGT continuará pressionando por mudanças no setor. “Saúde não é mercadoria. Queremos respeito aos consumidores, responsabilidade das operadoras e uma ação firme do Estado para combater os abusos”, concluiu Patah.





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