08/07/2025
Na segunda-feira, 7 de julho de 2025, o Secretário de Organização, Formação Sindical e Política da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Francisco Pereira de Sousa Filho, o Chiquinho, representou o presidente nacional Ricardo Patah em duas reuniões emergenciais com o vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, na sede do Ministério, em Brasília.
Os encontros reuniram importantes lideranças do movimento sindical brasileiro, como Miguel Torres, presidente da Força Sindical, e Sérgio Nobre, presidente da CUT, além de Márcio Ferreira, presidente do SINTRABOR (Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região), para tratar de um tema urgente: a grave crise que ameaça a cadeia produtiva da indústria da borracha, provocada pela concorrência desleal de produtos importados, especialmente pneumáticos e artefatos.
O setor, que emprega milhares de trabalhadores em todo o país, vem sofrendo uma retração alarmante. Apenas na base territorial do SINTRABOR, duas grandes fábricas — uma em Guarulhos e outra no ABC Paulista — anunciaram o encerramento das atividades, o que resultará em quase 600 demissões diretas.
De acordo com o SINTRABOR, o avanço de produtos estrangeiros, importados sem qualquer equilíbrio competitivo com a produção nacional, tem prejudicado profundamente as empresas brasileiras, inviabilizando a indústria local e dificultando as negociações coletivas entre trabalhadores e empregadores. “A cada planta fechada, perdemos empregos, renda, capacidade produtiva e comprometemos décadas de diálogo entre capital e trabalho, que garantiram direitos e benefícios fundamentais para a categoria”, alertou Márcio Ferreira.
Chiquinho reforçou a posição da UGT em defesa da reindustrialização nacional com foco no emprego de qualidade, valorização do trabalho e políticas industriais que promovam isonomia e equilíbrio na concorrência internacional. “Não é aceitável que o Brasil, com toda sua capacidade produtiva e mão de obra qualificada, perca empresas e empregos por causa de uma abertura desregulada do mercado. O governo precisa agir com urgência”, afirmou o secretário da UGT.
A unidade entre as centrais sindicais foi um dos pontos altos das reuniões. Miguel Torres e Sérgio Nobre destacaram que o momento exige ação conjunta e firmeza na defesa do emprego e da soberania produtiva. Para Chiquinho, essa mobilização é essencial: “A luta é coletiva. Defender a indústria brasileira é defender o futuro da classe trabalhadora.”
A UGT segue atenta e atuante, mobilizando suas bases e cobrando políticas públicas que protejam os trabalhadores da borracha e toda a classe trabalhadora do país diante dos riscos crescentes da desindustrialização.
UGT - União Geral dos Trabalhadores