31/07/2025
Em mais uma manobra imperialista contra as instituições brasileiras, o governo de Donald Trump impôs sanções arbitrárias ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A medida, divulgada em 30 de julho de 2025 pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), acusa o ministro de supostas ações contra cidadãos brasileiros e norte-americanos e anuncia uma série de restrições dirigidas a ele.
As acusações, no entanto, são falsas. A ideia de que existem
ações contra a população dos EUA esconde o incômodo de Trump com a regulação
das gigantes da tecnologia no Brasil. O STF tem atuado com firmeza e de acordo
com a Constituição para proteger a população de crimes digitais e do uso abusivo
das redes sociais – medidas que se restringem ao território nacional.
O que está em curso é uma tentativa de impor uma dominação
cultural por meio das Big Techs. Ao contrário do que diz a nota, é o governo
americano que quer interferir na nossa política, na nossa sociedade e na nossa
economia.
Mais grave ainda é o conluio entre Trump e golpistas, na
tentativa de livrar da Justiça aqueles que atentaram contra a nossa democracia
e que, de forma chocante, planejaram os assassinatos do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e também do ministro Alexandre de
Moraes. Traidores da pátria, Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo, inconformados
com a derrota na eleição presidencial, seguem tramando contra os interesses do
povo brasileiro e articulando uma agenda autoritária que visa apenas à
autopreservação e ao alinhamento submisso aos EUA.
A ofensiva do governo dos EUA representa uma escalada de
ataques unilaterais contra a soberania brasileira. São atitudes que revelam um
perfil nitidamente imperialista. Mas Trump se engana ao imaginar que o Brasil
se curvará diante de suas ameaças.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Supremo Tribunal
Federal têm reagido com firmeza e dignidade, fazendo valer a Constituição e
defendendo os interesses do povo brasileiro. Diante dessa ameaça, é urgente que
o Congresso Nacional e a sociedade civil organizada se unam em uma ampla
concertação nacional em defesa da democracia, da soberania e do Estado de
Direito.
São Paulo, 30 de julho de 2025
Sérgio Nobre, presidente da
CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente
da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente
da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente
da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Tesch Auersvald,
presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da
CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
UGT - União Geral dos Trabalhadores