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Reivindicação histórica: trabalhadores de bancos incorporados poderão migrar para a Cassi e Previ


04/08/2025

Banco apresentou proposta à CEBB nesta quarta-feira (30), mas será preciso seguir na luta para garantir isonomia tanto na previdência quanto na saúde


A Comissão de Empresa das Funcionárias e dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu, no final da tarde desta quarta-feira (30), com a direção do banco para discutir a integração dos trabalhadores egressos dos bancos incorporados — Banco Nossa Caixa (BNC), Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e Banco do Estado do Piauí (BEP) — aos planos de previdência da Previ e ao plano de saúde da Cassi, ambos utilizados pelos funcionários do BB.


A apresentação de uma proposta até o dia 31 de julho foi um compromisso assumido pelo banco em reunião realizada no dia 5 de fevereiro, quando foi anunciado o Grupo de Trabalho (GT) voltado exclusivamente à busca de soluções para os impasses enfrentados por esses trabalhadores. A medida atende a uma reivindicação histórica do movimento sindical.


Migração para a Previ


Durante o encontro, o BB apresentou a possibilidade de migração dos planos de previdência Previ BEP, Economus e Fusesc para a Previ, mantendo os direitos e características atuais. A proposta contempla a migração de todos os planos, com a possibilidade de que, em seguida, os funcionários da ativa optem por migrar para o plano Previ Futuro.


A avaliação da Comissão de Empresa é de que a proposta representa um avanço, ao permitir ganhos aos trabalhadores, redução de custos para o banco e para as associações, além de contribuir para a otimização da gestão dos recursos previdenciários.


Uma das principais reivindicações do movimento sindical era a inclusão dos funcionários oriundos de bancos incorporados na parcela 2B da tabela PIP. Até o momento, a única alternativa prevista é que os trabalhadores que migrarem para o Previ Futuro possam pontuar na nova tabela, tornando-se aptos a contribuir para a 2B — a parcela em que o banco contribui na mesma proporção do participante.


A efetivação da migração para a Previ ainda dependerá de ajustes técnicos e atuariais, que serão conduzidos com acompanhamento da Comissão de Empresa.


Pós-laboral: luta segue na mesa de custeio da Cassi


No campo da saúde, o banco informou que permitirá a adesão dos funcionários da ativa oriundos dos bancos incorporados ao plano da Cassi, após a apresentação da proposta da mesa de custeio — espaço onde estão em discussão temas como as regras do pós-laboral para novos ingressantes.


Pelas normas atuais, os novos participantes do plano de associados da Cassi só podem permanecer na caixa de assistência após a aposentadoria como autopatrocinados, ou seja, sem contribuição do banco.


Os representantes dos trabalhadores reforçaram a necessidade de garantir isonomia também na saúde. Uma das principais exigências é que o Banco do Brasil assuma sua responsabilidade no custeio do pós-laboral, garantindo aos funcionários incorporados o mesmo direito já assegurado a outros trabalhadores do BB.


Mesa de acompanhamento e compromisso com a categoria


Como resultado da reunião, foi assegurada a instalação de uma mesa de acompanhamento mensal, com participação da Previ e da Cassi, para monitorar a implementação das mudanças e garantir transparência e diálogo com os trabalhadores ao longo de todo o processo.


Para o presidente da Feeb SP/MS, David Zaia, o momento exige mobilização e atenção da categoria.


“É um passo importante, fruto de anos de reivindicação e negociação. Mas ainda há pontos que precisam ser aperfeiçoados para garantir que todos os trabalhadores tenham os mesmos direitos, independentemente da origem bancária. Seguiremos firmes nesse propósito”, afirmou.


De acordo com o presidente da Feeb SP/MS, David Zaia, o banco segue omisso em relação ao acesso à Cassi para os funcionários aposentados que deixaram a instituição a partir de 2009. “Vamos continuar atentos e cobrando que o banco cumpra a decisão da Justiça, garantindo que esses trabalhadores também sejam incluídos e tenham os mesmos direitos ao plano de saúde. Muitos ex-funcionários da Nossa Caixa, ao se desligarem não tiveram o mesmo tratamento que os demais. Essa é a nossa luta: assegurar que o direito, já reconhecido judicialmente, seja efetivamente cumprido. É preciso acompanhar, cobrar e garantir que todos tenham os mesmos direitos”, afirmou.


A busca por isonomia plena, tanto na previdência quanto na saúde, permanece como prioridade do movimento sindical.


Fonte: FEEB




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