11/08/2025
No SIEMACO São Paulo, negociação coletiva não é reunião marcada no calendário — é trabalho de base que começa nos postos de trabalho, dialogando com os trabalhadores. Foi assim nas assembleias entre 21 e 25 de julho com a Limpeza Urbana, quando a categoria aprovou a pauta que seguirá para o SELUR, e é assim também nas frentes de Asseio e Conservação, Controle de Pragas, Grandes Geradores e Áreas Verdes, com visitas periódicas, pré-pautas e mobilização para transformar demandas em possíveis clausulas das próximas convenções coletivas.
O processo tem etapas bem definidas. Primeiro, a escuta nas bases: diretoria e equipes percorrem escolas, shoppings, hospitais, parques, garagens e alojamentos para ouvir reivindicações específicas de cada setor. Depois vêm as assembleias de pré-pauta, onde as propostas são discutidas e encaminhadas para análise jurídica e econômica. Com o documento pronto, a mesa de negociação entra em cena para tratar de reajuste salarial, ganho real, benefícios (vale-refeição, convênio, tíquetes em afastamento), condições de trabalho (EPIs, saúde e segurança, adicionais de insalubridade e periculosidade) e cláusulas sociais como promoção interna e combate ao assédio. A proposta final volta para votação da categoria e, aprovada, vira Convenção Coletiva registrada — com fiscalização para garantir que tudo seja cumprido.
“Negociação coletiva é transformar a necessidade real em cláusula eficaz. Começa com escuta qualificada, passa por análise jurídica e termina em um texto que protege o trabalhador no dia a dia. Onde há base mobilizada e boa técnica, há acordo melhor”, disse Francisco Júnior, coordenador jurídico do SIEMACO-SP. Ele lembra que casos fora da mesa também influenciam: “quando atuamos juridicamente e mediamos contratos problemáticos, como no caso recente da limpeza de escolas municipais, isso resolve o imediato e reforça argumentos para garantir avanços na próxima convenção”.
Para o presidente André Santos Filho, o sindicato precisa estar em todas as fases. “Levamos para a mesa a realidade de quem varre rua, mantém áreas verdes, atua em shoppings, controla pragas e lida com grandes geradores. É essa vivência que equilibra a negociação e garante que o acordo final tenha a cara da categoria”, afirmou.
André destaca ainda que a assinatura é só parte do processo. “Depois, é fiscalizar, orientar e, se necessário, acionar a Justiça. Conquista só vale se for cumprida”.
A atuação não se limita à demanda de um setor. O sindicato avança em qualificação, saúde e combate ao assédio, inclui EPIs adequados, observa a logística e a segurança operacional, insalubridade e estrutura de trabalho. A organização contra atrasos salariais mostra que a mobilização também é crucial em momentos estratégicos. “Estamos em todas as etapas, ouvindo e apoiando nossas categorias. Somos os representantes legítimos desses trabalhadores e honramos com a nossa responsabilidade”, concluiu André Santos Filho.
Como filiado, o que você ganha?
Atendimento odontológico nas clínicas do sindicato, rede de convênios em saúde, assistência jurídica (trabalhista, previdenciária e cível), qualificação profissional e suporte direto nas negociações coletivas e no cumprimento da convenção. Filiação é a ponte entre sua voz nas bases e o acordo que vale para toda a categoria.
Por Fábio Lopes (MTb 81.800/SP); com fotos de Alexandre de Paulo (MTb 53.112/SP)
Fonte: Siemaco
UGT - União Geral dos Trabalhadores