13/08/2025
O Brasil se tornou o centro das atenções mundiais. Em meio a tensões diplomáticas, disputas comerciais e interesses estratégicos em recursos naturais, o país tem sido alvo de olhares atentos.
Nas últimas semanas, parte dessa movimentação foi provocada pela interferência estadunidense. Em 9 de julho de 2025, o presidente Donald Trump anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre parte dos produtos importados do Brasil.
As interferências não param por aí. Entenda como o interesse estrangeiro resvala em conquistas importantes e na soberania nacional.
Interesses por trás da tensão: tarifaço, Pix, 25 de março e terras raras
Após a ameaça do tarifaço, Donald Trump deu início a uma investigação comercial contra o Brasil, conduzida pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR).
Segundo o presidente americano, o Pix representa uma concorrência desleal contra os Estados Unidos. O sistema, contudo, é reconhecido como uma inovação financeira no Brasil, com apenas cinco anos de existência.
O Pix já movimentou bilhões de transações e trilhões em reais, sem cobrança de taxas para pessoas físicas. Isso incomoda grandes players globais, especialmente administradoras de cartão de crédito norte-americanas, como Mastercard e Visa.
Além disso, na carta, a Rua 25 de março, em São Paulo, foi apontada como um mercado de produtos falsificados, ignorando as leis fiscais brasileiras. Porém, essa região é um dos principais pólos do comércio popular para consumidores, além de gerar muitos empregos.
Toda essa investigação, que desconsidera as leis e processos brasileiros, pode ter um único objetivo: a exploração das terras raras brasileiras. O Brasil tem a segunda maior reserva mundial desses recursos estratégicos, atraindo a atenção do governo americano (e do mundo) há algum tempo.
As terras raras são essenciais para tecnologias avançadas, como smartphones, turbinas eólicas, motores de veículos elétricos, chips, equipamentos médicos e sistemas de defesa.
Atualmente, a extração comercial das terras raras no Brasil ocorre principalmente em Minaçu (GO), com jazidas também identificadas no Amazonas, Minas Gerais e na Bacia do Parnaíba, localizada entre Maranhão, Piauí e Ceará.
Diante desse cenário de pressões externas, o Brasil pode transformar esse momento em uma oportunidade estratégica. Defender a soberania nacional e investir em cadeias produtivas próprias é essencial para garantir empregos, fomentar inovação e fortalecer a posição do país no cenário global.
Fonte UGT-Paraná
UGT - União Geral dos Trabalhadores