19/08/2025
Nesta terça-feira, 19 de agosto, a União Geral dos Trabalhadores de São Paulo (UGT-SP) realizou em Campinas um grande encontro presencial que reuniu mais de 250 lideranças sindicais de diferentes categorias de todo o estado. O evento teve como objetivo central discutir temas decisivos para o futuro do sindicalismo e para o mundo do trabalho, reforçando a necessidade de união e protagonismo das entidades representativas em um cenário de grandes transformações econômicas, sociais e políticas.
Entre os assuntos abordados, ganharam destaque questões como o custeio sindical, as negociações coletivas, o fim da escala 6x1, a pejotização, além de debates sobre os impactos do chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. Para o presidente da UGT-SP, Amauri Mortágua, são pautas que tocam diretamente a sobrevivência e a capacidade de ação das entidades de classe: “São temas de extrema relevância, alguns até relacionados à própria sobrevivência do movimento sindical. Por isso, a UGT-SP convidou seus filiados a participarem desse evento, no qual buscamos analisar as melhores formas de agir em conjunto, garantindo uma atuação organizada, eficaz e eficiente, com protagonismo”, destacou.
O encontro foi marcado por um ambiente de diálogo, troca de experiências e construção coletiva. Para Amauri, resgatar o protagonismo sindical significa recolocar os trabalhadores no centro das decisões que impactam suas vidas. “O objetivo é colocar o movimento sindical novamente no centro do debate, resgatando sua voz e influência nos rumos do país”, reforçou.
A programação também contou com a presença do prefeito de Campinas, Dario Saadi, que esteve no Hotel Nacional Inn acompanhado do presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde de São Paulo, Edison Laércio de Oliveira. Em sua fala, Dario destacou a importância da organização sindical como instrumento de defesa da democracia e da justiça social.
Encerrando o encontro, foi realizada uma grande roda de debates, que mobilizou lideranças de diversas categorias para dialogar com o plenário sobre estratégias de atuação diante dos desafios apresentados. O secretário da UGT-SP e ex-ministro do Trabalho, Antônio Rogério Magri, reforçou a importância da mobilização: “É imperativo que o movimento sindical esteja unido, mobilizado e tome a frente destas ações”, convocou.
A mesa redonda contou com a participação de Edison Laércio, presidente da Federação da Saúde; Débora Ferreira Machado, diretora da Mulher da UGT-SP; Francisco Soares, presidente do Sindicato dos Frentistas de Campinas; Helen Patrícia Merim, presidente do Sindicato União; Rogério José Gomes Cardoso, presidente da Fethesp e tesoureiro da UGT-SP; Paulo César da Silva, presidente do Sincomerciários de Limeira e representante da Fecomerciários; e Carlos Vicente, o Carlão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Alimentação de São Paulo. Também se apresentaram os dirigentes sindicais Josimar de Andrade e Juliana Karine Machado, que reforçaram a importância da formação e mobilização contínua das bases.
Para além da análise dos temas conjunturais, o encontro evidenciou a necessidade de fortalecimento da ação sindical integrada. A troca de experiências e a articulação entre diferentes categorias ampliaram o repertório de estratégias e mostraram que o movimento sindical tem capacidade de se reinventar e responder de forma coletiva aos desafios. “A troca de experiências enriquece e permite que os sindicatos tenham um leque mais amplo de iniciativas para colocar em prática”, concluiu Mortágua.
Com a realização desse encontro, a UGT-SP reafirma seu compromisso em liderar um processo de mobilização e formação política que fortaleça o sindicalismo paulista, dando voz ativa aos trabalhadores e consolidando o papel da Central como protagonista nas lutas por direitos, melhores condições de trabalho e justiça social.
UGT - União Geral dos Trabalhadores