21/08/2025
Nos dias 20 e 21 de agosto, Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), participou da Reunião do Comitê Executivo da UNI Américas, realizada em Bogotá, na Colômbia. O encontro reuniu lideranças sindicais de todo o continente para debater temas centrais para a classe trabalhadora, como a construção de reformas sociais, a conjuntura política e econômica atual e os novos riscos de ataques à democracia, que vêm se intensificando em diferentes países da região.
Durante sua intervenção, Patah enfatizou a importância da vigilância constante diante das ameaças à democracia e recordou a recente tentativa de golpe sofrida pelo Brasil. Ele também abordou os impactos dos tarifaços anunciados pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, sustentados por narrativas falsas e justificativas políticas que afetam o comércio internacional, a geração de empregos e o fortalecimento das economias locais.
O presidente da UGT aproveitou o espaço para compartilhar experiências práticas de combate à exploração no Brasil. Patah falou sobre a ação realizada pelo Sindicato dos Comerciários na região da Rua Oscar Freire, um dos polos mais nobres do comércio de rua em São Paulo, onde lojas de grife mantinham, na época, trabalhadores e trabalhadoras, principalmente bolivianos e bolivianas, em situação análoga à escravidão. Ele destacou como a intervenção sindical conseguiu denunciar e combater essas condições degradantes, reforçando a importância de ações concretas em defesa dos direitos humanos e laborais.
Para Patah, encontros como o da UNI Américas são fundamentais para fortalecer a integração sindical e criar estratégias conjuntas de resistência. “Nossa tarefa é defender a democracia, proteger os direitos sociais e garantir trabalho decente para todos e todas. O que acontece em cada país tem repercussão continental, e precisamos estar unidos para enfrentar os desafios globais”, afirmou.
A participação do presidente da UGT em Bogotá reforça o compromisso do Brasil com a luta sindical internacional, a promoção de políticas sociais justas e a defesa intransigente da democracia, mostrando que a solidariedade entre trabalhadores e trabalhadoras da América é essencial para enfrentar os ataques às conquistas sociais e garantir um futuro mais justo e digno.
UGT - União Geral dos Trabalhadores