04/09/2025
Alex Douglas dos Santos, presidente da Abramca (Associação Brasileira dos Condutores de Ambulância), manifestou sua indignação diante do pedido de vistas feito pelo senador Humberto Costa (PT) ao Projeto de Lei 2336/23, que trata da regulamentação da profissão de condutor de ambulância. Para Alex, a decisão é incoerente, já que o projeto não gera impacto orçamentário e representa um avanço histórico para a categoria.
“Desde 2015 lutamos por essa regulamentação. Em governos anteriores o projeto foi vetado em 2022 e 2023. Reapresentamos o texto, que foi aprovado na Câmara e seguiu para o Senado. O próprio Ministério da Saúde pediu ajustes para incluir as atribuições da função, o que fizemos com base no CBO da profissão. O senador Messias de Jesus nos ajudou a adequar o texto, que recebeu parecer favorável na Comissão de Assuntos Econômicos. Mas, quando chegou à Comissão de Assuntos Sociais, veio o pedido de vistas, atrasando novamente o processo”, relata Alex.
A regulamentação proposta exige que o condutor de ambulância tenha CNH categoria C ou D, ensino médio completo e reconhecimento como profissional da saúde. “Hoje lidamos com ambulâncias modernas, com tecnologias embarcadas, sistemas de frenagem e estabilidade, além de equipamentos hospitalares no compartimento traseiro. É inadmissível que esses trabalhadores, que atuam em situações de emergência, não sejam reconhecidos como parte da equipe de saúde”, afirma o presidente da Abramca.
Alex lembra ainda que, durante a pandemia, quase 5 mil condutores de ambulância morreram em serviço, sem o devido reconhecimento profissional. “Temos um governo que se diz dos trabalhadores, mas que se coloca contra um projeto que garante dignidade e segurança para a categoria e para a população. O que adianta comprar ambulâncias modernas se não há condutores qualificados para operá-las?”, questiona.
A UGT (União Geral dos Trabalhadores) declarou apoio irrestrito aos condutores e já articula uma agenda de mobilização nacional para pressionar o Senado e o governo federal a aprovarem o PL 2336/23. “Esse é um pleito justo e urgente. Queremos trabalhar com dignidade e prestar um atendimento de qualidade à sociedade”, reforça Alex.
Quer que eu deixe o texto mais combativo e com tom de manifesto sindical, para chamar mobilização dos trabalhadores e pressionar o Senado, ou prefere um tom mais institucional, para ser usado em releases e notas oficiais?
UGT - União Geral dos Trabalhadores