09/09/2025
No dia 7 de setembro de 2025, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) esteve nas ruas de diversos estados brasileiros participando ativamente das manifestações pela Independência do Brasil, ato seguido pela 31ª edição do tradicional Grito dos Excluídos e Excluídas, uma das maiores mobilizações populares do país. Sob o lema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é luta de todo dia”, o ato reuniu milhares de pessoas em mais de 25 estados e no Distrito Federal, em defesa da democracia, do meio ambiente e da soberania nacional.
A manifestação deste ano teve como foco central reafirmar o compromisso da sociedade com a soberania brasileira, denunciar tentativas de intimidação promovidas pelo governo norte-americano e exigir justiça para os responsáveis pelos atentados contra o Estado Democrático de Direito ocorridos em 8 de janeiro de 2023. A UGT mobilizou suas lideranças e sindicatos filiados em vários estados, reforçando a presença da classe trabalhadora nesses espaços de resistência e de construção de um Brasil mais justo.
Em Sergipe, Ronildo Torres de Almeida, presidente da UGT-SE, liderou a participação da central no ato que teve início na Catedral Metropolitana, no centro de Aracaju. Os manifestantes destacaram bandeiras históricas como a luta contra a criminalização do movimento sindical, por moradia digna, pela reforma agrária, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários e pela defesa dos serviços públicos.
Na Bahia, o centro de Salvador foi tomado por trabalhadores, estudantes, movimentos sociais e religiosos. Além das pautas nacionais, um dos destaques foi a Campanha do Plebiscito Popular 2025, promovida pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que consulta a população sobre temas fundamentais como a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6x1 e a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Na Paraíba, a mobilização começou no Parque da Lagoa e seguiu pela Avenida Getúlio Vargas, no centro de João Pessoa. Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os participantes defenderam a não privatização dos Correios e a punição dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Em São Paulo, o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, se uniu a centenas de trabalhadores e trabalhadoras na Praça da República. Diversos sindicatos filiados compareceram ao ato, que ganhou grande repercussão por ocorrer na véspera do julgamento dos responsáveis pela tentativa de golpe, uma trama que buscava mergulhar o Brasil novamente na escuridão de um regime autoritário.
O Grito dos Excluídos nasceu em 1995, como resultado de debates da 2ª Semana Social Brasileira promovida pela CNBB, para dar voz às lutas populares e propor “o Brasil que a gente quer”. A escolha do 7 de setembro é simbólica: uma forma de contrapor o “Grito da Independência” de 1822, proclamado por um príncipe, ao grito do povo que exige uma pátria justa, inclusiva e soberana.
Mais do que uma manifestação, o Grito dos Excluídos e Excluídas é um chamado à reflexão e à ação contínua. A presença da UGT em diversas cidades reforça o compromisso da central com a defesa da democracia, com a inclusão social e com a construção de um Brasil soberano, com emprego, dignidade e justiça para todos.
UGT - União Geral dos Trabalhadores