16/09/2025
As dores físicas já fazem parte da rotina de muitos trabalhadores no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, 40% da população sofre com dores crônicas, que hoje são a principal causa de aposentadorias precoces.
A preocupação cresce quando olhamos para a saúde mental: a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 1 bilhão de pessoas convivem com transtornos mentais, mas apenas 9% dos diagnosticados com depressão recebem tratamento adequado.
Além de afetarem a qualidade de vida e as relações, as dores na alma impactam diretamente o mercado de trabalho. Em 2025, quase meio milhão de afastamentos foram registrados por problemas relacionados à saúde mental, de acordo com o Ministério da Previdência Social.
Diante desses números, fica claro que cada brasileiro enfrenta uma batalha que vai além da sobrevivência.
Dores físicas que impactam os trabalhadores
Um levantamento da plataforma Onlinecurrículo mostrou que 68% dos brasileiros sentem dor física frequentemente devido ao trabalho. Só em 2024, 1 milhão de trabalhadores foram afastados, sendo a dor na coluna a principal causa desde 2023.
Outras condições também preocupam. A fibromialgia, que atinge 3% da população, causa dor muscular generalizada e, em 2025, foi reconhecida como deficiência pela Lei nº 15.176.
As projeções da OMS indicam que, até 2050, 843 milhões de pessoas sofrerão com dor nas costas. Entre as causas estão problemas como hérnias de disco, agravadas por profissões que exigem esforço físico intenso.
A crise da saúde mental no trabalho
Especialistas alertam que dores físicas podem agravar ou até desencadear problemas emocionais, como ansiedade e depressão. Além disso, a rotina laboral intensa tem ampliado os casos de burnout, considerados um dos principais males do século XXI.
Para responder a essa crise, a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) foi atualizada e agora obriga as empresas a identificarem e gerirem os riscos psicossociais que afetam a saúde mental dos trabalhadores; entretanto, a vigência da nova regra foi adiada para 2026.
As dores da alma também envolvem luto, insegurança financeira e marcas da pandemia de Covid-19, que ainda impactam o bem-estar de milhares de famílias. Refletir e buscar soluções para proteger integralmente a saúde dos trabalhadores é fundamental para uma sociedade mais equilibrada.
Fonte: Siemaco-Guarulhos
UGT - União Geral dos Trabalhadores