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Hospital de Campo Limpo Paulista: Sem registro e com salários reduzidos, trabalhadores podem ir à greve


22/09/2025

O Sinsaúde Campinas e Região, por meio da subsede de Jundiaí, convoca todos os trabalhadores do Hospital de Campo Limpo Paulista, administrado pela Cismetro, para uma assembleia que será realizada na próxima quarta-feira, 24 de setembro, das 15h às 18h30, na entrada de funcionários.

 

 

“A categoria decidirá coletivamente os rumos da mobilização, inclusive a deliberação de greve, diante do cenário de ataques aos direitos trabalhistas promovidos pela atual gestão”, explica Beatriz Castro, presidente da subsede de Jundiaí.

 

 

A denúncia mais recente dos trabalhadores é a decisão da empresa que reduziu os salários dos técnicos de enfermagem, de R$ 3.225 para R$ 2.601.

 

 

Uma medida que representa não apenas corte financeiro, mas uma ofensa aos trabalhadores que diariamente sustentam o atendimento à população. Essa prática se soma ao fato de que os profissionais estão há três meses trabalhando sem registro em carteira, situação que os deixa à margem da lei e sem direitos básicos assegurados.

 

 

“O que acontece em Campo Limpo Paulista não é um caso isolado, mas parte de uma política recorrente de precarização do trabalho e de desmonte da saúde pública”, afirma a diretora sindical Luara Duarte.

 

 


Ações Judiciais

O Cismetro já responde a diversas ações judiciais movidas pelo Sinsaúde em outros municípios, justamente por adotar o mesmo padrão: contratos que só beneficiam a empresa com claro desrespeito à legislação trabalhista e descaso com os profissionais da saúde.

 

 

“É inaceitável que aqueles que dedicam suas vidas a salvar vidas sejam tratados como números descartáveis de uma planilha de custos. Houveram diversas tentativas de uma reunião com o prefeito e não obtivemos retorno. Se for preciso, vamos parar as atividades para impedir que esse retrocesso se consolide”, ressalta a diretora sindical, Ragna Vargas.

 

 

Para o diretor Emerson de Oliveira, é muito importante a participação dos trabalhadores do hospital na assembleia. “Só com a participação dos trabalhadores é que conseguiremos reverter essa situação prejudicial a todos. É preciso dar um basta ao desrespeito com a categoria”, afirma.

 

 

A vice-presidente do Sinsaúde, Juliana Machado, reforça que somente a organização coletiva e a mobilização de base irão trazer resultados. Para ela, a convocação da assembleia objetiva organizar os trabalhadores para resistir às investidas da administração de exploração dos trabalhadores. “A decisão dos trabalhadores é soberana, mas a indicação do Sinsaúde é pela greve até que a empresa cumpra todos os direitos dos trabalhadores”, afirma.

 

 


Histórico de  desrespeito

 

Antes da Cismetro, a empresa São Leopoldo Mandic atuou durante um ano sem gerar problemas para os trabalhadores, mas a antecessora ANSS deixou um histórico de descumprimento de direitos, motivando cinco processos trabalhistas movidos pelo Sindicato em defesa da categoria. Entre eles estão ações que reclamam verbas rescisórias, adicionais de insalubridade e cumprimento da Convenção Coletiva, demonstrando o compromisso do Sinsaúde na defesa dos trabalhadores.

 

Fonte: Sinsaúde Campinas e Região via  Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo




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