24/09/2025
A 30ª Conferência das Partes da UNFCCC (COP 30), realizada pela primeira vez no Brasil, colocará o país no centro do debate climático global. Em Belém, na Amazônia, líderes mundiais discutirão políticas sustentáveis que influenciam o futuro do clima, a economia, a geração de empregos e a inovação tecnológica.
Segundo a DMDL, responsável pela construção da “Blue Zone” – espaço onde acontecerão as reuniões do evento –, 2.200 empregos foram criados direta ou indiretamente pelo evento, número que ainda pode crescer. Dados do Portal da Transparência, Junta Comercial e Agência GOV apontam 22 empreendimentos com investimento superior a R$ 2,7 bilhões, 53 mil leitos disponíveis para hospedagem, e 11.743 microempresas individuais envolvidas, aumento de 68% em relação a 2023.
Novas oportunidades e economia sustentável
A COP 30 fortalece o papel do Brasil nas negociações climáticas e impulsiona a economia local. Especialistas indicam que a conferência deve estimular regulamentações ambientais, exigindo eficiência energética e redução de emissões por parte do setor privado. A economia de baixo carbono se expande com incentivos a biocombustíveis, energias renováveis, mobilidade elétrica e agricultura regenerativa, gerando empregos e demandando formação em transição energética, gestão ambiental e inovação tecnológica.
Ferramentas digitais, como inteligência artificial e automação industrial, terão papel central na redução de impactos ambientais. Cadeias produtivas sustentáveis serão priorizadas, e o Brasil poderá atrair mais investimentos em energia renovável, economia circular e recuperação de áreas degradadas.
Principais temas da COP 30:
Redução de emissões de gases de efeito estufa;
Adaptação às mudanças climáticas;
Financiamento climático para países em desenvolvimento;
Tecnologias de energia renovável e baixo carbono;
Preservação de florestas e biodiversidade;
Justiça climática e impactos sociais das mudanças climáticas.
Trabalho decente como prioridade
Segundo o DIEESE, os trabalhadores têm direito a dignidade, remuneração justa e condições seguras. No entanto, a vulnerabilidade aumenta com os efeitos das mudanças climáticas. Além disso, na Amazônia Legal, palco da COP 30, jovens enfrentam barreiras para entrar no mercado de trabalho: a taxa de participação é menor que a média nacional e o desalento já supera 8%, mais que o dobro da média do país.
Para enfrentar esses desafios, a Carta de Belém pelo Trabalho Decente será enviada à presidência da COP 30, propondo diretrizes da Justiça do Trabalho para proteger os trabalhadores e minimizar os impactos climáticos. Afinal, não há transição ecológica sem trabalho decente.
Fonte: UGT-Paraná
UGT - União Geral dos Trabalhadores