UGT UGT

Filiado à:


Filiado Filiado 2

Notícias

NOTA DE REPÚDIO


29/09/2025

O processo de renovação de contratos e serviços especializados ameaça diretamente 1.789 trabalhadores e suas famílias, que correm o risco de perder o sustento de cada dia. Sob o falso argumento de “ganho de produtividade”, a medida nada mais é do que uma manobra para aumentar ainda mais os lucros bilionários de acionistas, tratando vidas humanas como simples números em disputas empresariais.


A decisão da Vtal de romper o contrato com a SEREDE escancarou uma crise sem precedentes, deixando a empresa impossibilitada de honrar suas obrigações trabalhistas. A justificativa apresentada pela Oi/SEREDE — de que não possui recursos para pagar verbas rescisórias devido a bloqueios judiciais — é inaceitável e representa um verdadeiro tapa na cara dos trabalhadores.


A judicialização do processo pela Vtal, por meio de Ação de Consignação e depósito judicial, é um absurdo. Essa medida inviabiliza a mesa de negociação, afronta o CEJUSC-TST e desrespeita frontalmente os trabalhadores. Além de ser uma iniciativa autoritária, fere o direito ao contraditório e ignora que somente a empresa empregadora possui os documentos indispensáveis para qualquer acerto de contas — como termos de rescisão, folhas de pagamento e registros.


Exigimos que a Vtal recue, reavalie suas posições e retire a Ação de Consignação, permitindo um acordo verdadeiro, baseado no diálogo e na garantia de direitos. A intransigência só agrava a instabilidade de quem está na ponta, sustentando a operação da empresa.


É importante destacar: os trabalhadores seguem formalmente empregados pela SEREDE. Não houve aviso prévio. Com o fim do contrato em 30 de setembro, cessa também a obrigação de prestar serviços, o que pode deixar milhares de clientes sem assistência técnica — um risco grave para a continuidade dos serviços de telecomunicações.


Hoje, os trabalhadores vivem em um cenário de insegurança e incerteza:

  • não sabem até quando permanecerão empregados na SEREDE;
  • não sabem se receberão suas verbas rescisórias;
  • não sabem se, ao serem demitidos, terão vagas garantidas na nova prestadora;
  • e pior, se pedirem demissão para assumir o novo contrato, terão de pagar aviso prévio, perder os 40% da multa do FGTS e ainda ficar sem seguro-desemprego caso não sejam absorvidos pela nova empresa a tempo.


Isso é exploração e chantagem social contra quem garante, todos os dias, a infraestrutura que mantém o Brasil conectado.


Reafirmamos: direitos trabalhistas não se negociam. Exigimos:

  1. Que a Oi/SEREDE apresente garantias imediatas para quitação das verbas rescisórias e créditos pendentes;
  2. Que a Vtal assuma suas responsabilidades, formalizando compromissos para assegurar empregos e renda;
  3. Que o TST estabeleça condições claras que priorizem a dignidade da classe trabalhadora e garantam segurança jurídica;
  4. Que a Vtal retire a Ação de Consignação e respeite o espaço de negociação, sem manobras judiciais que aumentam a insegurança.


Conclamamos a sociedade, autoridades e órgãos de controle a se levantarem em defesa dos trabalhadores e contra a lógica perversa do mercado que sacrifica famílias em nome de cifras bilionárias.

 





____________________________________
FITRATELP – João de Moura Neto

____________________________________
FIT LIVRES – Luiz Antônio Silva Souza

____________________________________
FENATTEL – José Roberto Silva

 




logo

UGT - União Geral dos Trabalhadores


Rua Formosa, 367 - 4º andar - Centro - São Paulo/SP - 01049-911 - Tel.: (11) 2111-7300
© 2023 Todos os direitos reservados.