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A Comissão Executiva Bancária de Negociação Nacional (CEBNN/CONTEC) se reuniu nesta sexta-feira (31/10) para dar continuidade ao debate sobre o uso de substâncias químicas potencialmente cancerígenas — como o Bisfenol A (BPA) e o Bisfenol S (BPS) — presentes em papéis térmicos utilizados em comprovantes impressos, a exemplo dos emitidos em caixas eletrônicos e terminais de atendimento bancário.

Durante o encontro, o presidente da CONTEC, Lourenço Prado, relatou as tratativas realizadas com a FENABAN nos dias 8 e 17 de outubro e a proposta de convenção coletiva apresentada em 21/10, que estabelece critérios para enfrentar o problema dos bisfenóis e proteger a saúde dos bancários, com vigências indicadas até 01/09/2026 e 01/01/2024, respectivamente.

A CONTEC registrou que entidades sindicais já ingressaram com ações judiciais sobre o tema e que decisões recentes, em estados como Rio Grande do Norte e Goiás, têm reconhecido o risco potencial da exposição ao bisfenol. A pauta ganhou relevância nacional e mobiliza instituições financeiras, sindicatos e órgãos de saúde e trabalho.

Os membros da CEBNN/CONTEC convergiram que qualquer posicionamento conclusivo deve se apoiar em estudos técnicos e evidências científicas, com diálogo permanente com órgãos públicos especializados — entre eles Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho, Fundacentro e Anvisa.

“Nosso foco é a proteção e a saúde das trabalhadoras e dos trabalhadores bancários. Seguiremos tratando o tema com responsabilidade, baseando nossas decisões em evidências e não apenas em percepções. A prevenção é sempre o melhor caminho”, destacou Lourenço Prado.

A Comissão reforçou que o assunto permanece em fase de negociação, com acompanhamento contínuo, transparência e compromisso com a saúde da categoria. Uma nova reunião da CEBNN será agendada na próxima semana para avaliação dos próximos passos.

por Leidiane Silveira

Fonte: Contec