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Jornadas de trabalho exaustivas: o que fica para trás?


05/11/2025

O trabalho sempre fez parte da história humana. Surgiu da necessidade de sobrevivência e, ao longo do tempo, tornou-se um elemento central da vida em sociedade, tão presente que passou a ser confundido com a própria identidade das pessoas.


Mas, apesar de sua importância, é preciso refletir sobre como as atuais relações laborais afetam quem as vivem. Cargas horárias excessivas geram impactos físicos e emocionais profundos, e os efeitos não recaem apenas sobre quem trabalha, mas também sobre suas famílias.


O que e quanto se perde com as longas horas de trabalho?


Quando o tempo dedicado ao emprego ultrapassa o de descanso, surge um desequilíbrio, que se reflete em várias dimensões da vida. Pais e mães com filhos pequenos, por exemplo, se tornam ausentes em momentos fundamentais do crescimento das crianças.


Já quem busca estudar para conquistar melhores oportunidades enfrenta o desafio de conciliar o cansaço com a rotina intensa, competindo com pessoas que têm mais tempo e recursos. Além disso, a falta de lazer é outra consequência comum, especialmente para quem trabalha nos fins de semana e raramente consegue estar com amigos e familiares ou participar de comemorações.


Essas privações se acumulam e resultam em adoecimento. Segundo dados de 2024 do Ministério da Previdência Social, o Brasil enfrenta uma crise de saúde mental: foram quase meio milhão de afastamentos por transtornos psicológicos, o maior número em uma década. A maioria são mulheres, com idade média de 41 anos, que enfrentam quadros de ansiedade e depressão, o que também pode estar relacionado à jornada dupla da mulher que precisa dar conta do trabalho e dos afazeres domésticos. 


Escala 6×1: o retrato da exaustão no trabalho


De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), cerca de 33 milhões de brasileiros trabalham na escala 6×1, ou seja, têm apenas um dia de descanso por semana.


Especialistas alertam que esse modelo favorece o cansaço, o desânimo e até doenças cardiovasculares, em razão do estresse e da falta de repouso. Também é comum o surgimento de lesões musculoesqueléticas, como a LER (lesão por esforço repetitivo), além de fadiga crônica e distúrbios osteomusculares. A saúde mental, igualmente, tende a se deteriorar.


Por jornadas mais dignas


O fim da escala 6×1 é mais do que uma pauta trabalhista, é uma questão de saúde e dignidade. É urgente garantir rotinas de trabalho que respeitem os limites humanos e assegurem bem-estar, direitos e qualidade de vida para quem move o país todos os dias.


Fonte: Siemaco-Guarulhos 




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