05/11/2025
A delegação da União Geral dos Trabalhadores (UGT) está em Luziânia (GO) participando do curso “Mulheres Sindicalistas e as Negociações Coletivas”, promovido pelo Ministério das Mulheres.
É a primeira etapa do processo formativo, e pela primeira vez, a UGT conta com a participação de 21 mulheres sindicalistas, entre elas: Cleonice Caetano Souza, vice-presidente da central, e Maria Edna Medeiros, secretária da Mulher da UGT, fortalecendo a representatividade feminina no movimento sindical.
O curso, que acontece de 04 a 07 de novembro, e reúne delegações das sete maiores centrais sindicais do país e tem como foco a capacitação em negociação coletiva com perspectiva de igualdade de gênero no mundo do trabalho. A iniciativa integra as ações do Ministério das Mulheres, visando ampliar a atuação feminina nas mesas de negociação e promover a igualdade salarial.
Durante a programação, destacam-se as contribuições de especialistas como Milena Prado e Cristina Vieceli, ambas do DIEESE, e Marilane Teixeira, do CESiT/Unicamp, que trouxeram reflexões fundamentais sobre os desafios e avanços nas relações de trabalho.
Na abertura do evento, a secretária nacional de autonomia econômica e política de cuidados, do Ministério das Mulheres, Rosane da Silva, defendeu o engajamento dos poderes da República no cumprimento da Lei da Igualdade Salarial, que garante remuneração igual para mulheres e homens que exercem a mesma função. “A igualdade salarial é um direito das mulheres, e essa é a nossa luta. Por isso, temos que discutir o cumprimento da lei no Parlamento, nos tribunais superiores e com as universidades e preparar as mulheres para as mesas de negociações, afirmou a companheira.
Destacando a importância da mobilização social para enfrentar as desigualdades estruturais e combater a violência contra as mulheres, e que deve ser enfrentada desde a formação escolar.
O curso ocorre após à divulgação do 4º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, que revelou que as mulheres ainda recebem, em média, 21,2% a menos que os homens — uma diferença de R$1.049,67.
Entre as ações do Ministério das Mulheres para enfrentar essa realidade estão o Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial, lançado em fevereiro de 2025, e o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, atualmente em sua 7ª edição. Rosane da Silva, reforçou: “É fundamental ter uma lei que garanta esse direito para todas as mulheres, mas é fundamental também haver ação pública e ações das empresas para que, de fato, possamos avançar no rumo da igualdade”.
A expectativa é que o curso fortaleça a atuação das mulheres sindicalistas nas negociações coletivas e contribua para a construção de um mundo do trabalho mais justo e igualitário. A segunda etapa da formação está prevista para maio de 2026.
A UGT segue firme em seu compromisso em defesa da equidade de gênero.
UGT - União Geral dos Trabalhadores