11/11/2025
Audiência Pública que debateu “Alternativas para o Fim da Escala 6x1”, nesta segunda-feira, 10, em Brasília, contou com expressiva participação de Sindicatos Filiados à Fecomerciários. Mobilizados pelo presidente da Federação, da CNTC e Deputado Federal, Luiz Carlos Motta, comerciários e práticos de farmácia lotaram o Auditório Nereu Ramos (Câmara), no qual foram expostos pontos a favor dessa redução da jornada semanal de trabalho e contra, conforme manifestações patronais.
Mesa
Compuseram a mesa de trabalhos os parlamentares: 1) Leo Prates, presidente da Comissão de Trabalho da Câmara (que convocou a Audiência). 2) Luiz Gastão (relator da PEC 8/25, que trata do tema). 3) Luiz Carlos Motta (membro Titular da Comissão). 4) Daiana Santos e 5) Bohn Gass. Por motivo de saúde, Érika Hilton (autora da PEC e presidente da Subcomissão relacionada à questão, participou virtualmente. Ao lado deles, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e Paulo H. Barbosa, que representou o ministro do Empreendedorismo, Márcio França.
Lideranças
Com transmissão ao vivo pela TV Câmara, o encontro reuniu também lideranças da CNTC, representada na Tribuna por Guiomar Vidor (2º Vice-Presidente) e do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), que contou com o pronunciamento de Luiz Arraes (1º Secretário da CNTC), além de dirigentes da UGT (José A. Paixão), Força Sindical (Willian F. da Silva), da CNC (Ivo Dall’Acqua), que manifestou posição contrária à PEC, e da CNI (Silvia Lorena), entre outros. O movimento “Vida Além do Trabalho”, motivador do fim da 6x1, também participou do debate nacional com Lucas Cidrak.
Prates
“Defendo um processo de transição equilibrado, por meio do diálogo social, conciliando interesses dos trabalhadores e dos empregadores. A proposta não pretende impor a redução por decreto, mas construir um consenso gradual, de modo que o trabalhador tenha vida além do trabalho”.
Gastão
“Reforço que a negociação coletiva é importante, mas não suficiente para enfrentar o tema. Uma norma legal é necessária. É preciso olhar o trabalhador como ativo social e não como custo empresarial. Esse debate deve preservar a competitividade dos setores, especialmente das micro e pequenas empresas”.
Motta
“Esta Audiência foi uma oportunidade soberana para o diálogo qualificado e para a construção coletiva de soluções legítimas. Tivemos um início promissor para um futuro onde todo trabalhador brasileiro possa desfrutar de uma jornada justa, digna e equilibrada”.
Guiomar
“A escala 6 x 1 é praticada no Brasil há quase 100 anos. A classe trabalhadora está adoecida, não suporta mais essa exaustão. As mulheres são as mais atingidas. A Reforma Trabalhista aprofundou essa precarização. Jornada de 40 horas rumo a 36 horas é viável. Os trabalhadores estão ansiosos por esta conquista”.
Marinho
“O Brasil precisa dar novo passo histórico rumo às 40 horas semanais. A escala 6 x 1 é perversa, compromete a saúde mental e física dos trabalhadores e das trabalhadoras, principalmente. Há espaço para chegarmos às 40 horas. Crescem as adesões ao fim da 6 x 1. A proposta está madura. Cumprimento o Deputado Motta, e demais parlamentares, por este importante espaço de debate”.
Fonte: Federação dos Empregados no Comércio do Estado de São Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores