11/11/2025
NDCs é a sigla, em inglês, para Contribuições Nacionalmente Determinadas. Assim, sem contexto, fica difícil de entender a importância delas. Mas a gente te explica: as NDCs são as metas colocadas pelos países como compromisso para evitar o colapso climático.

Elas representam a essência do Acordo de Paris para alcançar os objetivos de longo prazo, de manter o aquecimento global em, no máximo, um 1,5ºC em comparação com o período anterior à Revolução Industrial.
Cada país explica quais ações pretende fazer para responder à mudança do clima, de acordo com as próprias possibilidades nacionais, e respeitando a realidade e soberania de cada nação.
O Acordo de Paris, da COP21, em 2015, foi o primeiro a envolver todos os países-partes da Convenção do Clima. Desde então, foram criadas regras para a apresentação e a acompanhamento da implementação das metas, bem como um fundo para apoiar os países em desenvolvimento a enfrentar as mudanças do clima.
Para a Conferência do Clima de Belém, que vai até o dia 21 de novembro, é esperado que cada país apresente suas NDCs 3.0, que são a terceira rodada das contribuições. E para que as medidas sejam efetivas para conter o aquecimento global, elas precisam ser progressivas e mais ambiciosas do que as NDCs atuais.
O relatório divulgado no fim de outubro pelo Secretariado da Convenção-Quadro é promissor: foram analisadas 64 novas NDCs, apresentadas em 2024 e 2025, que representam cerca de um terço das emissões globais.
Consulte os documentos já apresentados para COP30.
Cresceu a convergência entre ação climática nacional, metas de neutralidade de carbono de longo prazo e a aceleração dos caminhos para o desenvolvimento sustentável.
Juntas, as novas NDCs projetam reduzir, até 2035, 17% das emissões em relação aos níveis de 2019. Segundo a ONU, a ambição dos países cresceu, mas o número ainda não é suficiente para limitar o aquecimento global a 1,5ºC.
As principais medidas citadas se concentram na redução, com baixo custo e alto impacto. Entre elas: o reflorestamento, o uso de energia solar, e a redução do desmatamento.
Entre os resultados do Balanço Global, que foi uma forma de avaliação para medir os resultados dos países rumo ao cumprimento das metas climáticas, estão:
Outro instrumento orientado pela ONU sobre a questão da crise climática é o Plano Nacional de Adaptação. Pelo menos 144 países já apresentaram o documento, que traz a avaliação dos riscos que as mudanças no clima podem trazer para cada território.
São perigos como secas extremas, inundações, aumento das temperaturas e do nível do mar e alteração no padrão das chuvas.
Tudo isso depende, claro, de dinheiro. Buscar os recursos para implementar as medidas é o desafio de Belém. A estimativa da ONU é que sejam necessários valores próximos a US$ 1,3 trilhão para mitigar o colapso do clima, que tem afetado cada vez mais as condições para a vida humana na Terra.
Fonte: Radioagência Nacional
UGT - União Geral dos Trabalhadores