13/11/2025
A Embalixo, empresa de plásticos localizada em Hortolândia (SP), acaba de dar um passo importante na valorização do trabalhador (a) . A companhia adotou a escala 5x2 e reduziu a jornada semanal de 44 para 36 horas, sem cortar salários. Com isso, cerca de 300 funcionários passaram a ter mais tempo para descansar, conviver com a família e cuidar da saúde. A mudança ainda abriu 110 novas vagas na unidade — prova de que é possível crescer sem explorar.
Segundo o CEO Rafael Costa, em fala ao site Tribuna do Litoral, o objetivo é permitir que os trabalhadores tenham mais tempo para se dedicar à vida pessoal. A empresa espera aumentar sua produção em até 40% nos próximos meses, mostrando que produtividade e bem-estar não são opostos — são complementares.
Essa conquista não veio do nada. É fruto de uma luta que o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, junto com a UGT (União Geral dos Trabalhadores), vem travando há anos: o fim da escala 6x1, que obriga o trabalhador a ter apenas um dia de descanso por semana. Um modelo que adoece, desestrutura famílias e rouba o tempo de vida. Não é mais admissível que em pleno 2025 pessoas precisem trabalhar até a exaustão por causa de empresas que alegam que diminuir a carga horária iria levar a falência.
A realidade do trabalhador brasileiro (a) é dura. Além da jornada exaustiva, ele (a) ainda enfrenta em média uma hora de deslocamento por dia para chegar ao trabalho. E no caso das mulheres, a situação é ainda mais grave: depois do expediente, começa a dupla jornada — cuidar da casa, dos filhos, da família. É uma rotina que sobrecarrega e invisibiliza.
A UGT tem feito um trabalho firme para que o modelo adotado por empresas como Embalixo e Chilli Beans não seja exceção, mas sim regra. A luta é para que a jornada justa seja lei
UGT - União Geral dos Trabalhadores