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A União Geral dos Trabalhadores (UGT) reafirma seu compromisso com a defesa das mulheres e com a construção de um ambiente digital seguro para todas e todos. A violência online é uma ameaça crescente, que impacta de forma desproporcional mulheres e meninas, conforme alerta a ONU Mulheres. O abuso digital destrói vidas, silencia vozes e compromete direitos fundamentais, exigindo respostas urgentes da sociedade, das plataformas e dos governos.

Nesse contexto, uma conquista importante nos dá esperança: o Brasil garantiu a aprovação, entre 17 e 18 de novembro, de sua proposta para proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital durante a Conferência Mundial de Desenvolvimento das Telecomunicações (CMDT‑25), realizada em Baku, Azerbaijão. A contribuição brasileira resultou em mudanças relevantes na Resolução da União Internacional de Telecomunicações (UIT), estabelecendo diretrizes globais para enfrentar os riscos digitais e reforçando a necessidade de políticas públicas robustas.

As alterações aprovadas ampliam o escopo da proteção ao reconhecer os riscos em serviços e aplicações digitais, incentivar o uso seguro das tecnologias, apoiar políticas de restrição ao uso de dispositivos em escolas e promover habilidades digitais para que crianças e adolescentes possam acessar oportunidades com segurança. A UIT também se comprometeu a apoiar os países na elaboração de políticas públicas, capacitação e indicadores de proteção digital.

Como destacou Maria Edna Medeiros, secretária da mulher da entidade: “Uma conquista importante que nos dá esperança: o Brasil aprovou uma proposta que estabelece diretrizes globais para a segurança de crianças e adolescentes na internet. E altera uma Resolução da UIT, reforçando a necessidade de educação digital e políticas públicas robustas. Mas a luta continua. A violência digital é uma ameaça real e crescente, com um impacto desproporcional sobre mulheres e meninas, conforme ressaltado pela ONU Mulheres. A proteção legal é falha, e a conscientização é nossa melhor defesa. É essencial saber como identificar o abuso online, coletar provas e buscar apoio psicológico e jurídico. Acreditar que podemos melhorar ainda mais depende da nossa ação contínua.”

A UGT entende que essa conquista internacional precisa caminhar junto com a luta sindical por igualdade de direitos e pela defesa das mulheres. É fundamental responsabilizar agressores e plataformas, fortalecer a alfabetização digital e garantir que a proteção contra a violência online seja parte de uma agenda mais ampla de justiça social.