08/12/2025
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) manifesta seu apoio ao ato realizado em 07 de dezembro, quando 80 cidades de 20 estados, além do Distrito Federal, se mobilizaram contra o aumento alarmante dos casos de feminicídio e das tentativas de assassinato de mulheres no país.
A violência contra mulheres tem se tornado cada vez mais frequente e chocante, ocupando espaço constante nos noticiários e gerando indignação social. O episódio mais recente que ganhou repercussão nacional foi o da jovem Tainara, que teve as duas pernas amputadas após ser atropelada e arrastada por mais de um quilômetro pelo ex-companheiro, na Marginal Tietê, em plena luz do dia em São Paulo. Casos como esse não são isolados: representam uma realidade cruel que expõe a vulnerabilidade das mulheres e a necessidade urgente de políticas públicas eficazes.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil apresenta índices superiores à média global de mulheres que sofreram algum tipo de violência ao longo da vida por parceiro ou ex-parceiro: 32,4% contra 27%. Esses números revelam que a violência doméstica e o feminicídio não são apenas problemas individuais, mas estruturais, enraizados em desigualdades históricas e culturais que precisam ser enfrentadas com firmeza.
Além disso, a pesquisa “Elas Vivem”, desenvolvida pela Rede de Observatórios de Segurança, registrou 4.181 vítimas em 2024, o que representa um aumento de 12,4% em relação a 2023. O relatório aponta que, apesar dos avanços legislativos, como a Lei Maria da Penha e a tipificação do feminicídio, ainda há falhas graves na prevenção, na proteção das vítimas e na responsabilização dos agressores.
Para a UGT, esses números mostram a urgência de medidas efetivas de prevenção e combate à violência contra mulheres, reforçando a necessidade de ampliar campanhas de conscientização, fortalecer a rede de apoio às vítimas, garantir atendimento humanizado e ampliar investimentos em segurança pública. Não se pode mais aceitar que mulheres sejam vistas como inferiores e que se submetam a sofrerem agressões pelo simples fato de ser mulher.
A UGT se manterá firme na luta pela equidade de gênero, não só nas questões de trabalho, mas que para que todas mulheres tenham os mesmos direitos que os homens.
UGT - União Geral dos Trabalhadores