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Papa cria tribunal para bispos que não evitaram pedofilia


11/06/2015

Tribunal do Vaticano julgará bispos que encobriram abuso

 

Decisão do papa responde a acusações de impunidade e inação no alto clero

 

Medidas de Francisco tentam aplacar crise interna na Igreja Católica e retomar a confiança dos fiéis

 

O papa Francisco ordenou nesta quarta-feira (10) a criação de um tribunal para julgar os bispos acusados de encobrir casos de abusos sexuais cometidos por padres de suas dioceses ou que não garantiram proteção para as vítimas desses sacerdotes.

 

A instauração da corte é a mais importante medida tomada pelo Vaticano para responsabilizar líderes de dioceses. A impunidade dos clérigos era a principal crítica de associações de vítimas e ativistas de direitos humanos.

 

Em nota, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que o tribunal foi sugerido pela comissão consultiva criada pelo Vaticano para avaliar os casos de pedofilia.

 

A nova seção judicial especial ficará dentro da Congregação para a Doutrina da Fé, que desde o ano passado avalia todos as acusações e casos de padres pedófilos.

 

Segundo o Vaticano, o plano para criar a corte foi apresentado nesta semana a Francisco pelo arcebispo de Boston, Sean O'Malley, que integra o grupo de oito cardeais que aconselham o pontífice.

 

Do grupo, o americano é o que tem mais conhecimento do assunto. Ele foi o sucessor do cardeal Bernard Law, que renunciou ao cargo em 2002 por encobrir abusos sexuais cometidos por padres da cidade durante os anos 1990.

 

Entidades de vítimas responsabilizam os religiosos acusados por mais de 100 mil abusos. Um ano depois de assumir, O'Malley determinou o pagamento de US$ 85 milhões em indenização.

 

O valor foi obtido com a venda de imóveis pertencentes à igreja. Em 2011, ele revelou o nome de 159 dos 250 padres citados no escândalo.

 

A criação do tribunal e a escolha de O'Malley como assessor mostram a intenção de Francisco de querer dar uma resposta aos casos de pedofilia, que tiveram pouca atenção de seus antecessores, Bento 16 e João Paulo 2º.

 

Em seu primeiro ano de pontificado, o papa argentino definiu punições a crimes sexuais no Vaticano e criou a comissão para avaliar os casos de pedofilia. Há quatro meses, ele escreveu uma carta eclesiástica aos bispos orientando-os a denunciar os casos de abusos.

 

"As famílias devem saber que a Igreja Católica não mede esforços para proteger seus filhos e têm o direito de se dirigir a ela em plena confiança, porque é uma casa segura", disse, na ocasião.

 

Além da questão dos abusos sexuais, Francisco tem tomado medidas para combater a corrupção e popularizar a Igreja Católica --os três principais problemas enfrentados pela instituição.

 

PUTIN

 

Nesta quarta, o pontífice reuniu-se com o presidente russo, Vladimir Putin, e pediu sua cooperação para encerrar o conflito na Ucrânia.

 

Segundo o Vaticano, o papa disse ao líder russo que é essencial resolver a "grave situação humanitária" no leste do país, onde separatistas combatem há 14 meses contra o governo ucraniano.

 

Porém, Francisco não conseguiu uma promessa clara do líder russo, que é acusado de apoiar os insurgentes.

 

A reunião é mais um exemplo da faceta diplomática do pontífice argentino, que foi um dos mediadores do acordo para a retomada das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba.

 

 

Fonte: Folha de S. Paulo


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