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Sem sombras de dúvidas, a Campanha Salarial 2021 dos trabalhadores em transportes rodoviários de São Paulo tem sido considerada uma das mais desafiadoras da categoria. O impasse segue até mesmo na audiência de intermediação do TRT (Tribunal Regional de Trabalho). Se de um lado as empresas alegam dificuldades financeiras, de outro o sindicato não abre mão das reivindicações da categoria. Uma nova audiência acontecerá nessa próxima segunda-feira, 26, às 13h.

Conforme o presidente Valdevan Noventa, os patrões iniciaram a reunião com uma proposta de reajuste de apenas 3,59%, depois propuseram 4%, o que foi negado pela direção da entidade que insistiu nos 7,59%. Embora ainda não tenham acordado, foram cogitadas pelo setor empresarial possíveis condições de parcelamento dos retroativos (maio, junho e julho). Outro embate da audiência foi a questão da estabilidade de um ano dos trabalhadores.

Os debates tiveram consideráveis avanços nas cláusulas sociais e sindicais. Sobre as cláusulas econômicas, que dizem respeito aos reajustes de salários e benefícios, o setor patronal ficou de reavaliar a proposta apresentada pelo sindicato.

“Estamos na luta e não vamos ceder a um único direito, um único emprego. O retrocesso é inadmissível. É claro que sabemos das dificuldades desses tempos de pandemia, mas temos uma minuta que garante o emprego dos trabalhadores. Por isso, é inadmissível falarem em redução da frota. Sobre as questões salariais, espero que os patrões tenham consciência e empatia com aqueles que se dedicam diariamente, arriscando sua vida em meio a uma pandemia, no transporte de São Paulo” concluiu Valdevan Noventa, presidente do sindicato.