17/05/2022
Tendo em vista as carências da classe trabalhadora em meio a uma
conjuntura marcada pela carestia, aumento da fome e da pobreza, aumento da
inflação, redução da renda e alta taxa de desemprego, as Centrais Sindicais,
após reunião realizada em São Paulo em 17 de maio de 2022, apontam que a luta
contra a carestia e a defesa da democracia deverão nortear as ações do
movimento sindical brasileiro ao longo deste ano.
Já está claro que o atual governo não tem capacidade ou interesse em debelar as
causas da crise econômica e social. O governo até agora, depois de mais de três
anos no poder, não apresentou nenhuma política consistente de desenvolvimento e
geração de empregos. Ao contrário, implementa uma gestão voltada ao receituário
de privatizações, cortes orçamentários e aumento da taxa de juros.
Como se não bastasse, não resolve a crise buscando caminhos que só a
aprofundam, o governo ainda cria problemas de outra ordem, ameaçando, frequentemente,
a estabilidade da democracia brasileira e o retorno do golpismo e da ditadura.
Conclamamos aos trabalhadores brasileiros reforçar a mobilização contra a fome,
a miséria e em defesa da democracia:
Esperamos com tais ações e mobilizações suscitar o debate entre a
população acerca da necessidade de mudança da atual rota política e econômica
que só beneficia os mais ricos e de apoiar um projeto de desenvolvimento
econômico baseado na industrialização, geração de empregos de qualidade,
valorização do salário mínimo e da renda do trabalhador, justiça social e
soberania.
Está mais do que na hora de dar um basta! Por isso, convocamos todas as
instituições democráticas a se unirem pela melhoria das condições da população,
na defesa da democracia e contra o golpismo.
São Paulo, 17 de maio de 2022
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos Sindicatos
Brasileiros)
Oswaldo Augusto de Barros, Presidente da Nova Central Sindical
de Trabalhadores
Atnágoras Lopes, Secretário executivo nacional da Central
Sindical CSP-Conlutas
Nilza Pereira, Secretário Geral da Intersindical Central da
Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da Pública Central do Servidor
UGT - União Geral dos Trabalhadores