19/05/2022
As altas taxas de desemprego no Brasil continuam, temos uma
leve geração de emprego em 2021 e agora em 2022, mas um estudo da LCA
Consultores mostra um aumento na precarização do trabalho.
O estudo tem como base dados da PNAD (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílio) do IBGE e mostra que o número de trabalhadores com
carteira assinada diminuiu em 2,8 milhões entre 2014 e 2022, enquanto que os
trabalhadores por conta própria ou sem registro de carteira aumentou em 6,3
milhões em 8 anos.
Quando é mostrado o número absoluto de trabalhadores com
carteira assinada no 1º trimestre de 2022 totalizou 36,3 milhões, contra 39,1
milhões no 1º trimestre de 2014.
“É um movimento de precarização do mercado de trabalho
mesmo”, falou Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, autor do levantamento.
O número de trabalhadores por conta própria aumentou, foi de
22,5% para 26,5% do total de ocupados.
Dado importante do estudo mostra que entre 2014 a 2022, a
taxa de ocupação no país cresceu 4,1% (3,8 milhões de pessoas a mais), ou seja,
a expansão do mercado de trabalho tem sido puxada pela informalidade e pelo
chamado empreendedorismo de necessidade.
O encolhimento da fatia de brasileiros com carteira assinada
reflete não só a sucessão de crises econômicas nos últimos anos, mas também as
transformações tecnológicas e estruturais no mercado de trabalho, além da busca
por trabalhos mais flexíveis.
Fonte e Foto: Mundo Sindical
UGT - União Geral dos Trabalhadores