07/08/2015
Sob promessas de serenidade e investigação imparcial, a Câmara instalou nesta quinta-feira (6) uma CPI para investigar os empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) sem a presença do PT nos principais cargos de comando.
Nos bastidores, parlamentares avaliam que a comissão pode agravar a crise do governo.
Com apenas uma chapa na disputa, os deputados elegeram Marcos Rotta (PMDB-AM) como presidente e José Rocha (PR-BA) como relator.
O acordo para retirar o PT do comando da CPI foi costurado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é hoje adversário declarado do governo.
O petista Afonso Florence (BA), um dos vice-líderes do governo, minimizou a exclusão do PT e disse que ela se deveu a um acordo de lideranças, já que o partido tem a relatoria da CPI da Petrobras.
Rotta pediu que o clima político não contamine a CPI. "Não vamos proteger nem perseguir quem quer que seja", disse.
O deputado afirmou que há a intenção de obter informações sigilosas dos empréstimos do banco nacional.
Florence afirmou que o sigilo em operações do BNDES leva em conta regras internacionais.
"A estratégia de desenvolvimento de empresas desfruta de sigilo em qualquer lugar do mundo civilizado", afirmou.
O relator da CPI defendeu serenidade e trabalho com responsabilidade e compromisso com o país.
A partir desta quinta, a CPI começa a receber requerimentos dos parlamentares.
Na próxima semana, a comissão deve começar a votar os primeiros requerimentos e o plano de trabalho.
Fonte:Folha de S. Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores