19/08/2015
19/08/2015
(FDA),agência que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos,aprovou ontem o primeiro remédio indicado para tratar a falta de desejo sexual feminino, um novo “viagra”. O Addyi (nome comercial para a flibanserina) atua na liberação de neurotransmissores responsáveis pelo desejo sexual, como a dopamina.
O medicamento é indicado para mulheres na fase da pré menopausa com disfunção sexual adquirida e crônica, ou seja, quando a falta delibido ocorre em paciente que não tinha o problema anteriormente e persisteindependentemente do tipo de atividade sexual, da situação ou do parceiro sexual.
A FDA alerta, no entanto, para os possíveis efeitos colaterais do medicamento, principalmente, se o seu uso for associado ao consumo de álcool. Nesses casos, a paciente pode apresentar severa queda de pressão e perdadeconsciência. Quando não associado ao álcool,o remédio tem efeitos mais brandos, como sonolência e tontura, observadosem 10% das pacientes.
Embora esteja sendo chamado de “viagra feminino”, o medicamento tem mecanismo de ação e indicações diferentes da pílula azul. “O Viagra não interfere diretamente no desejosexualdohomem.Ele,naverdade,aumenta o fluxo sanguíneo na região do pênis e permite a ereção. Já a ibanserina atua no cérebro da mulher,regulando os neurotransmissores que provocam a libido”, explica a ginecologista e sexóloga Carolina Ambrogini, coordenadora do Centro de Sexualidade Feminina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Enquanto o Viagra é consumido somente nos dias em que o homem pretende ter relaçãosexual, o Addyi deve ser tomado diariamente e só começa a dar resultados após cerca deseis semanas de uso.
Para a especialista da Unifesp, o medicamento é uma ferramenta adicional e importante no tratamento da disfunção sexual feminina, mas não servirá para todos os casos. “Não adianta achar que o remédio vai salvar um casamento falido.
Também não é indicado para as mulheres na menopausa porque nesses casos a falta de desejo geralmente está associada a questões hormonais e aí é mais indicada uma terapia de reposição”, diz ela.
A médica explica ainda que nem todas as pacientes que têm a indicação do novo remédio respondem ao tratamento. Estudos internacionais mostram que cerca de 30% das mulheres têm algum nível de disfunção sexual.Para que o problema seja considerado crônico,são necessários serem registrados pelo menos seis meses consecutivos de falta de libido.aval a ‘viagra feminino’.
Fonte: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores