10/09/2015
Das 18 cidades em que o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - realiza a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, 15 tiveram redução do valor do conjunto de bens alimentícios básicos em agosto. As maiores quedas foram apuradas em Fortaleza (-4,60%), Salvador (-4,02%), Brasília (-3,46%) e Rio de Janeiro (-2,77%). As altas foram registradas em Porto Alegre (1,20%) e João Pessoa (0,28%). Em Recife, o custo dos produtos básicos praticamente não se alterou (0,01%).
Em agosto, o maior custo da cesta foi registrado em Porto Alegre (R$ 387,83), seguido de São Paulo (R$ 386,04), Florianópolis (R$ 372,79) e Rio de Janeiro (R$ 361,93). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 283,02), Natal (R$ 286,36) e Salvador (R$ 305,11).
Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em agosto de 2015, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.258,16, ou 4,13 vezes mais do que o mínimo de R$ 788,00. Em julho desse ano, o mínimo necessário era menor e correspondeu a R$ 3.325,37, ou 4,22 vezes o piso vigente. Em agosto de 2014, o valor necessário para atender às despesas de uma família era de R$ 2.861,55, ou 3,95 vezes o salário mínimo então em vigor (R$ 724,00).
UGT - União Geral dos Trabalhadores