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Petrobras também é rebaixada e propõe corte de salário de 25%


11/09/2015

Na esteira do rebaixamento brasileiro, a Petrobras também perdeu o selo de bom pagador conferido pela agência de classificação de risco Standard & Poors. E, em mais uma tentativa de enfrentar a crise, a companhia propôs a seus empregados corte de salários e redução de jornada.

 

A avaliação da dívida da Petrobras perdeu dois níveis, caindo de BBB- (o último na escala de bons pagadores) para BB, com perspectiva negativa. Segundo a S&P, a decisão vem "em linha" com o rebaixamento do país.

 

Com a decisão da Standard & Poors, a Petrobras mantém o grau de investimento com apenas uma das três maiores agências globais, a Fitch.

 

Muitos fundos têm como regra investir apenas em aplicações que têm o status de bom pagador concedido por ao menos duas agências.

 

"A situação, que já era ruim, vai ficar pior", diz o analista independente Flávio Conde, do site Whatscall.

 

Ele lembra que a companhia já vem pagando taxas mais altas, em suas captações neste ano, devido às dúvidas com relação à sua situação financeira e às incertezas do país. "Quando for ao mercado novamente, certamente pagará mais caro".

 

O rebaixamento da nota é mais um obstáculo no processo de recuperação da estatal, que prevê investir US$ 130 bilhões entre 2015 e 2019, mas sofre com os impactos do câmbio em sua dívida.

 

O endividamento da empresa, cerca de US$ 140 bilhões no fim do primeiro semestre, vem sendo pressionado pela alta do o dólar. Do total de seus empréstimos, 73% estão atrelados à moeda americana.

 

A companhia disse em nota que já equacionou, neste ano, os financiamentos para seus investimentos de médio prazo e que não tem contratos de dívida atrelados a agências de classificação de risco. Disse ainda que vem tomando medidas para cortar US$ 12 bilhões em custos até 2019.

 

CORTE DE SALÁRIOS

Em reunião com sindicalistas, a Petrobras propôs o corte de 25% nos salários para os empregados da área administrativa, em troca de uma redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais.

 

"A cláusula será uma opção do empregado, condicionada à aprovação de seu gerente imediato", afirmou.

 

Além disso, propõe a redução no valor pago por horas extras nos fins de semana, de 100% para 80% do salário, segundo sindicalistas, que criticaram a proposta.

 

"Isso só incendiou a categoria para a greve", disse o sindicalista Deyvid Bacelar, representante dos trabalhadores no conselho de administração da estatal.

 

A categoria vem ameaçando iniciar greve desde a semana passada, em protesto contra o plano de negócios da estatal, que prevê corte de investimentos e venda de ativos.

 

Fonte: Folha de S.Paulo


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