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Acusação de venda irregular de ingresso leva Fifa a afastar Valcke


18/09/2015

A Fifa afastou nesta quinta (17) o secretário-geral da entidade, o francês Jérôme Valcke, número dois na hierarquia da organização, abaixo apenas do presidente, o suíço Joseph Blatter.

 

A saída do secretário-geral aconteceu após a denúncia de seu envolvimento em um esquema de venda de ingressos da Copa no Brasil com ágio no mercado negro.

 

Essa operação teria rendido a ele cerca de 2 milhões de euros (R$ 9 milhões).

 

Com presença constante no Brasil ao longo dos preparativos do Mundial de 2014, Valcke ganhou notoriedade no país após dizer que o Brasil merecia um "chute no traseiro" pelos atrasos nas obras para a Copa do Mundo.

 

"A Fifa tomou conhecimento de uma série de denúncias envolvendo o secretário-geral e solicitou uma investigação formal pelo Comitê de Ética da Fifa", afirmou a entidade, em uma nota.

 

As acusações partiram do empresário Benny Alon, sócio da agência JB Sports & Marketing, que tinha contrato para fornecimento de ingressos da Copa com a Fifa.

 

A denúncia foi feita a um grupo de dez veículos em Zurique, na Suíça. Entre eles, estavam o jornal brasileiro "O Estado de S. Paulo" e o inglês "The Guardian".

 

Nascido em Israel, Alon disse ter feito um acordo com Valcke para vender os bilhetes das partidas da Copa com um ágio de 200% no mercado negro. Em troca, ainda segundo o empresário, a JB e Valcke dividiriam os lucros, com metade para cada.

 

Não há provas, por ora, de que Valcke tenha lucrado com a venda de entradas.

 

Alon divulgou alguns dos e-mails que foram trocados com o o ex-secretário da Fifa. Apesar de indicarem envolvimento de Valcke, as mensagens não deixam claro se ele ficou ou não com o dinheiro.

 

De acordo com "O Estado de S. Paulo", o empresário afirmou que ingressos dos três jogos iniciais da Alemanha, oficialmente vendidos por US$ 190 (R$ 722), eram negociados com aval de Val-cke por US$ 570 (R$ 1.983).

 

Essas denúncias são mais um episódio da maior série de escândalos de corrupção da Fifa, que teve início em maio deste ano.

 

Nesse mês, o FBI realizou uma operação na Suíça, que levou à prisão sete dirigentes, entre eles, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.

 

No início de junho, Blatter anunciou que deixaria a presidência da Fifa. Alegou não contar com o apoio para seguir à frente da entidade. Novas eleições foram convocadas para fevereiro de 2016.

 

Também em junho, Valcke foi acusado de ter conhecimento de uma propina de US$ 10 milhões referente à escolha da África do Sul para sede da Copa de 2010.

 

Ele teria recebido pedido por escrito de um cartola sul-africano, em 2008, para a transferência desse valor para Jack Warner, então presidente da Concacaf, a Confederação das Américas do Norte e Central. A Justiça dos EUA aponta que esse dinheiro foi usado para compra de votos pela África do Sul.

 

OUTRO LADO

 

De acordo com o "Guardian", Valcke nega que tenha recebido dinheiro com venda de ingresso. Segundo ele, o contrato firmado pela Fifa com a JB teve de ser rescindido porque feria os direitos de venda dos bilhetes, que pertenciam à Match, uma empresa parceira da entidade.

 

Valcke disse ainda que, ao saber que a JB Sports vendia os bilhetes acima dos preços estipulados pela Fifa, alertou a empresa sobre a necessidade de respeitar os regulamentos da entidade.

 

Fonte:Folha De S.Paulo


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