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Marisa fecha lojas e encerra vendas por catálogo para buscar lucro


29/10/2015

 

A varejista de moda Marisa anunciou, durante teleconferência de resultados para analistas de mercado e investidores, medidas para recuperar lucro e receita nos próximos trimestres. As ações envolvem o fechamento de lojas, fim das vendas por catálogo, redução do programa de fidelidade e mudanças no braço financeiro da companhia. As mudanças envolvem uma economia superior a R$ 40 milhões em 2016.

 

“A Marisa passou por uma revolução nos últimos meses. Após três anos de crescimento muito acelerado, era importante fazer uma parada técnica. Mas fomos pegos por uma crise sem precedentes. Vamos trabalhar de forma obstinada para recuperar a rentabilidade e a consistência dos resultados. As medidas adotadas nos darão um diferencial”, afirmou Marcio Goldfarb, presidente da Marisa.

 

Uma das mudanças foi anunciada no início do mês, com o fim da venda de produtos por catálogo (venda direta). Adalberto Santos, diretor financeiro da Marisa, disse que a venda direta representou em 2014 uma perda de R$ 24 milhões para a companhia e, neste ano, mesmo com o fim do programa em outubro, a perda com o negócio será de R$ 40 milhões. “Essa é uma perda que será eliminada do balanço em 2016”, afirmou Santos.

 

O executivo também disse que a empresa reavalia os gastos com programas de fidelidade. De acordo com Santos, o programa de fidelidade custou à Marisa R$ 35 milhões no ano passado e mais R$ 30 milhões neste ano. “Este programa precisa ter um efeito maior e a um custo mais razoável. Esse programa está em reavaliação e vai sofrer redução no valor”, disse o diretor.

 

A Marisa também anunciou o fechamento de cinco lojas em outubro e informou que avalia a operação de outras 15 unidades. Santos disse que são lojas com um prazo de maturação mais longo. Se forem fechadas, a economia da empresa seria de R$ 20 milhões. “Não estou falando que as 15 lojas serão fechadas. A possibilidade de fechar todas é remota, mas existe. São medidas estruturais que vêm sendo avaliadas a adotadas para preparar a companhia para um ano pior”, disse.

 

Braço financeiro

No segmento financeiro, existem oportunidades de melhoria, aponta o executivo. "Conseguimos reduzir a deterioração na parte de empréstimo pessoal, com mais rigidez na política de concessão de crédito e cobrança. Há ainda oportunidades de redução de custos nessa operação”, afirmou Adalberto Santos, diretor financeiro da Marisa.

 

A mudança, segundo ele, vai ser mais focada na política de concessão de crédito e cobrança e em redução de gastos administrativos. Santos acrescentou que a companhia deve reduzir a oferta de serviços financeiros, como o fim da parceria com o Itaú no empréstimo pessoal, que foi anunciado no segundo trimestre. 

 

A varejista, no entanto, não pretende mudar as taxas de juros para vendas a prazo. “Temos tentado mexer o mínimo possível em taxas de juros, pela preocupação com o bolso do cliente. A princípio, a taxa de juros é a última coisa em que vamos mexer”, afirmou Santos.

 

O executivo também disse que a Marisa estendeu a parceria com o Itaú na parte de cartão de crédito com as duas marcas por mais dez anos. Dessa forma, a parceria que duraria até 2019, agora terá validade até 2029.

 

Cenário econômico

O diretor financeiro disse que espera uma piora no cenário econômico em 2016 e que a companhia procura reduzir mais os custos para fazer frente à recessão econômica do país. Santos acrescentou que espera uma recuperação lenta nos resultados nos próximos trimestres e disse que a empresa pode ainda abrir lojas em 2016, mas serão aberturas “cirúrgicas”. O foco será a revitalização de unidades já existentes.

 




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