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PM do DF terá mobilização maior para impeachment do que teve na Copa


14/04/2016

Pelo menos 3.000 policiais militares do Distrito Federal irão patrulhar as ruas de Brasília no próximo domingo (17), quando o plenário da Câmara dos Deputados decidirá pela continuidade ou não do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O número equivale a cerca de 20% de todo o efetivo da corporação, que é proporcionalmente a maior do país (quando se trata da relação entre a quantidade de policiais e o total de habitantes).

 

O governo do DF afirma que é maior mobilização da PM distrital para um único evento e supera o destacamento utilizado em outros grandes eventos na capital federal, a exemplo dos dias de jogos da Copa do Mundo de 2014.

 

"Ao todo, nós teremos um total de 10 mil homens de prontidão para agir, caso haja necessidade", informou o chefe da comunicação social da PM do Distrito Federal, tenente-coronel Antonio Carlos Freitas. Ele não soube precisar, no entanto, qual foi o contingente utilizado em 2014.

 

Além dos 3.000 policiais militares regulares nas ruas, outros 300 homens de unidades especializadas, como o Batalhão de Choque, estarão alojados em um local próximo à Esplanada dos Ministérios, onde movimentos pró e anti-impeachment irão acompanhar a votação da Câmara.

 

O governo do DF decidiu instalar um muro metálico de dois metros de altura para separar os grupos antagônicos. Espera-se que 200 mil pessoas compareçam ao local no domingo.

 

Alan Marques/Folhapress

 

Muro vai separar manifestantes contrários e a favor do impeachment

Dispersão do grupo "perdedor"

Ao fim da votação, o grupo "perdedor" será dispersado da Esplanada para evitar brigas. "O esquema de policiamento está sendo montado para evitar que membros desses dois grupos se encontrem no caminho ou no próprio local onde haverá manifestação", afirmou Freitas.

 

Na terça-feira (12), o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), liberou a presença de "Pixulecos" -- bonecos que representam Lula e Dilma em trajes de presidiários. Porém não serão permitidas versões gigantes desses bonecos. "Nada que possa ser usado como objeto de provocação será permitido. Queremos que exerça seu direito de livre manifestação, mas vamos evitar situações de acirramento dos ânimos", acrescentou o tenente-coronel.

 

Estações de metrô das cidades satélites, estacionamentos das asas Sul e Norte e rodoviária de Brasília serão locais que terão policiamento ostensivo. Na rodoviária, placas informarão onde se deve seguir, a depender da posição política do manifestante.

 

Prédios públicos serão protegidos por policiais militares, mas o Palácio do Planalto terá a segurança da Guarda Presidencial. Já o prédio do Itamaraty terá a proteção dos fuzileiros navais e o Ministério da Justiça será guardado por agentes da Força Nacional de Segurança. 

 

Todas as pessoas serão revistadas na Esplanada dos Ministérios. Não será permitido portar máscaras nem objetos cortantes. As ocorrências serão registradas na Coordenação de Polícia Especializada, localizada no Parque da Cidade.

 

Grupos falam em manifestação pacífica

Ao UOL, representantes dos grupos afirmam que pretendem fazer uma manifestação pacífica. "Queremos criar um ambiente democrático, de respeito cívico", afirma o professor universitário Jailton Almeida, porta-voz do Vem para Rua, que chegou a divulgar que entraria com um mandado de segurança para retirar o muro da Esplanada. "Acabamos por concluir que o muro é injusto, porque não representa a realidade social, mas ele é necessário para evitar confrontos."

 

Os grupos pró-impeachment, que ficarão do lado direito do muro, instalarão quatro telões para acompanhar a votação na Câmara.

 

"A intenção é que nossa manifestação seja pacífica. Nossa orientação é de não cair nas provocações que surjam do outro lado", afirmou Antônio Pereira, coordenador Nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra)

 

A Esplanada dos Ministérios contará com um espaço de "atendimento humanitário", com a presença de ambulância do Samu, Corpo de Bombeiros e de agentes da Defesa Civil. A Polícia Militar recomenda que não se levem crianças para o local das manifestações.

 

Fonte: UOL


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