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UGT-RJ realiza o I Encontro dos Sindicato dos Servidores filiados à central


01/02/2017

A necessidade de união de todos para impedir a aprovação das propostas de reformas trabalhista, sindical e previdenciária que, apresentadas por setores do governo e empresariado em nome do ajuste fiscal, põem em risco os direitos adquiridos.  Esta foi a tônica do I Encontro de Sindicato de Servidores da União Geral dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (UGT-RJ) realizado nesta terça-feira, 31, na sede da central sindical, no Centro do Rio.

 

O evento contou com a participação de integrantes da Direção Nacional da UGT, entre eles Francisco Pereira de Souza (Chiquinho), secretário de Organização e Políticas Sindicais, na ocasião representando o presidente Ricardo Patah; Natal Leo, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da UGT (Sindiapi); e Luiz Carlos Silva de Oliveira, secretário do Servidor Público.

 

Presidente da UGT do estado, Nilson Duarte Costa abriu o encontro que, conforme suas próprias palavras, será apenas o primeiro de uma série de reuniões que se pretende ter com os servidores públicos. "Este encontro acontece dias após a reunião das estaduais da UGT, em São Paulo, onde foram discutidas as plataformas de ação da central para o todo o Brasil, neste momento tão delicado em que passa o país. E hoje, com os membros da Operativa Estadual e integrantes da Direção Nacional, abordaremos questões como o pacote de maldades do governo do estado, a reforma da Previdência e outras, além de apresentar as estratégias a serem adotadas pela UGT neste momento de crise".

 

Seremos os escravos da época moderna

 

Depois de parabenizar a iniciativa da estadual Rio de Janeiro de promover o encontro, o secretário Francisco Pereira  afirmou que o cenário atual aflige a todos, trabalhadores da iniciativa privada e o funcionalismo público. Para ele, a crise é "econômica, ética e moral" e com consequências drásticas para o trabalhador. "Há duas questões que estão sendo propostas e que podem nos gerar um grande prejuízo: as reformas trabalhista e sindical, pois uma está embutida na outra. Eu só posso compreender uma reforma trabalhista quando ela propõe que, do que eu tenho hoje, eu posso avançar, ter um pouco mais. Para a UGT, as reformas só podem ser boas se for para trazer algo de bom para o trabalhador". Quanto à reforma trabalhista, Chiquinho citou a flexibilização da jornada do trabalho. "Seremos os escravos da época moderna, pois iremos trabalhar de acordo com o que o senhor patrão deseja. E as formas de pagamento desse trabalho são extremamente duvidosas, não são justas".

 

Chiquinho revelou considerar reduzidas as esperanças dos trabalhadores de encontrar novos empregos e afirmou, ainda, que os sinais dados até agora é de que a recuperação da economia pode  demorar a surgir. "Temos que ajudar a encontrar uma saída. Não temos outra coisa a fazer; ou nos organizamos, através dos sindicatos, federações, confederações e central sindical, para fazer o enfrentamento ou essa gente vai acabar nos dominando ", concluiu.

 

Secretário do Servidor Público da UGT, Luiz Carlos Silva iniciou sua fala dando uma panorâmica sobre o endividamento dos estados e sobre projetos como a PEC 257 e 241 e dos prejuízos que elas geram para toda a sociedade, da Lei de Responsabilidade Fiscal.   "Temos 27 estados e 22 deles ( RJ, RS e Paraná, inicialmente) estão endividados e estão nesse ajuste proposto pela PEC 257. A luta é importante", garantiu, propondo também maior organização de todos. "Temos que nos organizar, pois enquanto servidores também somos contribuintes".

 

O tamanho de nossa força é o resultado de nossas conquistas

Na visão de Luiz Carlos, "o tamanho de nossa força é o resultado de nossas conquistas. Principalmente nós, servidores, pois a iniciativa privada ainda tem a CLT e nós não temos mais regime. O governo está mexendo em tudo.  Se não ajudarmos a fazer a reforma trabalhista, vem prejuízo".

 

Secretária de Qualificação e Projetos da UGT-RJ, com 50 anos de atuação no funcionalismo público, Marilea Ormond foi categórica ao afirmar: "Temos que nos colocar no centro das questões. Estamos num processo de retrocesso. Vivemos hoje a intenção da privatização e os servidores, que fazem a máquina do governo funcionar, deixaram isso acontecer. Somos uma sociedade omissa que sempre deixou o governo fazer o que quer". Marilea destacou, ainda, que para atingirmos nossos objetivos é preciso que a unificação sindical ocorre de fato.

 

O I Encontro foi encerrado com a palestra do presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da UGT, Natal Léo que, entre outras abordagens, falou sobre o impacto da reforma da Previdência no Regime Previdenciário dos Servidores Públicos,  as novas regras  da aposentadoria, transição, tempo de contribuição e, uma novidade para muitos: "apenas 37 % dos municípios têm regime próprio, o resto dos é regime geral da Previdência".

 

 

 

 


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