28/07/2017
A taxa de desemprego no segundo trimestre deste ano atingiu 13%, divulgou o IBGE nesta sexta-feira (28).
O resultado representa queda, de 0,7 ponto percentual, em relação à taxa verificada no primeiro trimestre deste ano, de 13,7%.
Foi o primeiro recuo registrado na trajetória da taxa de desemprego desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
Os dados fazem parte da Pnad Contínua, a pesquisa oficial de emprego do IBGE, cuja abrangência é nacional.
O total da população desocupada —que são desempregados em busca de oportunidade— somou 13,5 milhões de pessoas, queda de 4,9%.
A fila de emprego teve, portanto, uma redução de 690 mil pessoas entre o primeiro e o segundo trimestre.
Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, houve redução na taxa com o aumento da população ocupada e queda no número de desocupados.
"Mas, infelizmente, a ocupação cresceu pelo lado da informalidade, ou seja, há mais pessoas sem carteira e por conta própria, que não têm garantias trabalhistas", afirmou.
De acordo com o IBGE, os grupos nos quais o emprego mais cresceu foram a indústria —por causa da indústria alimentícia e fundamentada em postos informais— e os transportes.
O mercado com empregados com carteira assinada, estimado em 33,3 milhões, se manteve estável em relação ao trimestre anterior (recuo de 0,2%). Na comparação com o mesmo período de 2016, entretanto, houve recuo de 3,2% —o que representa 1,1 milhão de pessoas a menos.
Já os trabalhadores sem carteira de trabalho assinado cresceu 4,3% (442 mil pessoas) e atingiu 10,6 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo trimestre de 2016, a alta foi de 5,4% —540 mil pessoas.
A população ocupada, a que efetivamente ocupa um posto de trabalho no mercado, teve alta de 1,3% e atingiu 90,2 milhões.
Na passagem do primeiro para o segundo trimestre, 1,3 milhão de pessoas entraram no mercado de trabalho, mostrou a pesquisa.
O trabalhador por conta própria também teve alta, de 1,8%, no segundo trimestre, em relação as três primeiros meses do ano. No período, 396 mil pessoas passaram a trabalhar por conta própria.
COMPARAÇÃO ANUAL
Apesar da melhora, os dados atuais ainda mostram piora no emprego em relação ao verificado há um ano.
A taxa de desemprego do segundo trimestre teve alta de 1,7 ponto percentual em relação a igual período de 2016.
O número total de desempregados registrou alta de 16,4% no intervalo de um ano —1,9 milhão de pessoas ficaram desocupadas no período.
Fonte: Folha de SP
UGT - União Geral dos Trabalhadores