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Custo de obras da Copa aumenta em R$ 2 bi


13/01/2014

A cinco meses da abertura da Copa do Mundo no Brasil, o cenário das obras nos estádios apresentam um aumento de gastos de mais de R$ 2,35 bilhões. Em janeiro de 2010, o governo federal anunciou que gastaria R$ 5,66 bi com os 12 estádios. Hoje, essa previsão é de R$ 8,01 bilhões. O aumento de gastos não acelerou as construções, tanto que a 150 dias da abertura, a Copa no Brasil é a que apresenta a pior evolução em comparação aos últimos quatro mundiais. Três estádios (Arena da Baixada, Arena Pantanal e Arena Corinthians) apresentam atrasos significativos. 

 

O Brasil tem apenas sete dos 12 estádios concluídos (os seis da Copa das Confederações e o de Natal, que será inaugurado no dia 22). Na África do Sul, em 2010, seis dos 10 estádios estavam prontos, cenário levemente melhor que o do Brasil. Na Alemanha, em 2006, os 12 estádios estavam prontos em janeiro daquele ano. Em 2002, Coreia do Sul e Japão tinham 19 dos 20 estádios prontos. Na França, em 1998, oito dos 10 estádios estavam prontos. 

 

Arena das Dunas será inaugurada no dia 22 com a presença de Dilma Rousseff

 

As 109 obras previstas na "Matriz de Responsabilidade" do governo federal sofreram aumento nos gastos previstos há quatro anos. Duas obras aeroportuárias, uma em Curitiba e outra em Salvador, foram as que mais "inflacionaram" de acordo com levantamento do "Portal 2014". Em Curitiba o custo das obras foi de R$ 41,3 milhões para R$ 110,16 milhões, cerca de 166%. Em Salvador, o acréscimo foi de 164%: de R$ 30 milhões para R$ 79,23 milhões.

 

De acordo com a "Agência Pública" em nove das 12 cidades-sede (Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre. Recife e Salvador) o financiamento federal para a construção e reforma dos estádios para a Copa é maior do que os repasses da União para a educação nos últimos quatro anos. Em Recife, por exemplo, a construção da Arena Pernambuco recebeu um financiamento três vezes maior do que o que o governo federal repassou para a educação na capital pernambucana. Em nota, o governo federal classificou os dados como "descabidos" e que "não refletem a realidade". 

 

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, causou mal estar no Palácio do Planalto após entrevista dada a um jornal suíço em que expressou preocupação com a demora da conclusão das obras. "O Brasil acabou de se dar conta que começou tarde demais. É o país com mais atrasos desde que estou na Fifa e foi o que teve mais tempo, sete anos, para se preparar", disse. Dilma respondeu a Blatter, assegurando que o Mundial do Brasil será a "Copa das Copas". O presidente da Fifa colocou panos quentes depois.

 

Dos cinco estádios que ainda não foram concluídos, o Beira-Rio, em Porto Alegre, é o que está próximo de ser entregue. No dia 29 deste mês o estádio vai receber um jogo treino do Internacional aberto para 10 mil sócios.

 

Blatter define Brasil como o país mais atrasado em obras da Copa

 

A Arena Amazônia, em Manaus, teria de ser entregue neste mês, mas ainda têm parte da sua cobertura sendo colocada. No dia 21, Jerome Valcke, secretário geral da Fifa, fará a uma visita técnica ao local. Em Cuiabá, a Arena Pantanal, que deveria ser concluída neste mês, será inaugurada em 22 de fevereiro. Está programado um quadrangular entre times locais para celebrar a abertura do estádio.

 

Em Curitiba e em São Paulo o cenário é mais preocupante. A Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR, é o único que ainda não teve seu gramado plantado. Ele foi plantado numa fazenda do Rio Grande do Sul e será plantado em forma de rolos em Curitiba. A Fifa estabeleceu o final de fevereiro como prazo final para a conclusão do estádio, mas já considera que terá ser mais tolerante. 

 

É o caso de São Paulo, palco da abertura do Mundial. O acidente que matou dois operários em 27 de novembro obrigou a Fifa a estender o prazo para receber o estádio em três meses. O prazo agora é para 15 de abril. 

 

Fonte: Ig

 


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