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UGT e Sintratel participam de Seminário sobre a Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora


25/03/2014

A UGT e seus sindicatos filiados, junto com as demais centrais e os movimentos sociais  participaram do Seminário Setorial realizado nos dias 21 e 22 de março, em Brasília. Alberto Paiva, Diretor de Sintratel e membro eleito da conselho gestor do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Lapa, participou do evento.  
 
O debate abordou a importância da implantação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do SUS (PNST) e da inclusão do debate político da saúde do trabalhador e trabalhadora na agenda sindical e governamental, posto que o país vive momentos de pleno emprego e altos investimentos no desenvolvimento econômico.  
 
Também entrou em debate a mobilização para as etapas macrorregionais, estaduais e nacional da Conferência de Saúde do Trabalhador, que deve contar com a presença de companheiros e companheiras dos principais setores produtivos (agricultura e pecuária, construção civil, transporte, indústria, comércio, serviço público e privado da saúde, serviço público em geral).
 
Destaques do Seminário
 
No primeiro dia da Conferência foram debatidos os temas da  4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora e os desafios para a implantação da PNST.
 
Além disso foi avaliada a situação da saúde da classe trabalhadora brasileira, considerando as desigualdades de gênero e de raça, com ênfase no setor produtivo da agricultura e pecuária, transporte, construção civil, setor saúde e outros.
 
O tema a seguir foi CAPITALISMO, DESENVOLVIMENTO E MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO. Os palestrantes  foram Carlos Vaz (IPEA), DrªPetildaServaVazquez, Especialista em Relações Trabalho, Gênero, Saúde e Assédio Moral e Jorge Machado (FIOCRUZ).
 
A Especialista Petilda focou em assédio moral. Para ela, em todos segmentos hoje há esse problema maligno. Há casos em que é relativamente simples caracterizá-lo. Por exemplo, quando é prática de um chefe ou de uma empresa apontar, na frente do grupo, os profissionais cujo rendimento ficou abaixo do esperado e ridicularizá-los ou achacá-los. Mas nem sempre o assédio é assim tão explícito. "Às vezes, o gestor assedia o funcionário quando estão apenas os dois, ou liga para a casa dele fazendo cobranças e ameaças veladas".
 
A palestrante citou um acaso curioso  de uma trabalhadora que ao sair de casa para trabalhar vê a morte por perto (isso tem origem na tensão que ela passa em seu ambiente de trabalho).
 
Saúde em Telemarketing
 
No segundo dia foi formado um grupo de debate sobre Desenvolvimento e Intersetorialidade e Saúde do Trabalhador como dever do Estado.
 
O tema principal do debate foi “Qual os principias problemas vividos pelos trabalhadores(as) no setor? Os problemas atingem igualmente mulheres, negros e jovens.” O Diretor do Sintratel Alberto Paiva solicitou a inclusão dos LGBTs e deficientes físicos (PCDS) no tema.
 
Ele também relatou os problemas que mais atingem  a categoria de Telemarketing como assédio moral e sexual, transtornos da voz, problemas de audição, Ler/Dort e salientou que as mães não conseguem levar seus filhos para médicos e hospitais, pois as empresas não aceitam os atestados de acompanhantes ,além do próprio SUS dar só atestados de horas quando o trabalhador passa mal ou vai procurar ajuda. Todos os setores representados apresentaram seus problemas e suas dificuldades.
 
4º Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

 


 
Foi discutida a necessidade de a 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora trazer em seu cerne uma nova concepção do controle social, partindo de um formato que ajude a politizar o debate e dar voz aos sujeitos, reafirmando o papel dos trabalhadores e trabalhadoras enquanto sujeitos políticos e avançando na crítica às questões sociais não resolvidas desde a formação social brasileira. Maria do Socorro de Souza destaca que “se queremos discutir integralidade e intersetorialidade temos que trazer ao debate a questão agrária, a reforma urbana, o preconceito, os problemas de transporte, saneamento e moradia. O panorama de saúde do trabalhador e da trabalhadora exige uma crítica ao modelo desenvolvimentista, que coloca o Estado e a saúde a favor de um sistema acelerado, industrializador e sem planejamento. A 4ª conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, assim como a 15ª Conferência Nacional de Saúde não podem ser apenas eventos. Precisamos refletir sobre como nossas entidades se comprometerão com essa pauta e essa mobilização, no período anterior e posterior às conferências”.
 
Delegados
 
Na Plenária do dia 22 (sábado) no sindicato dos Químicos, foram definidos os delegados que participarão da 4ª Conferência Macrorregional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do Município de São Paulo (CMSTT), que acontece nos dias 10, 11 e 12 de abril, no Palácio das Convenções do Anhembi, Auditório Elis Regina.
 
Com o tema “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, Direito de Todos e Todas e Dever do Estado”, a Conferência terá como objetivo analisar prioridades e elaborar propostas no que se refere à construção e aplicação de Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, considerando os processos produtivos no território e a situação de saúde dos trabalhadores, formais e informais, rurais, urbanos, públicos e privado.
 
A 4ª CMSTT é um evento promovido pelo Conselho Municipal de Saúde e pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, em que podem participar delegados, eleitos em plenárias divididas por segmentos (usuário, trabalhador e gestor ou prestador), observadores e convidados. A participação nas plenárias é um dos pré-requisitos para as inscrições de delegados.




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