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Obama pede autorização de guerra ao Estado Islâmico


12/02/2015

Pela primeira vez, o presidente dos EUA, Barack Obama, admitiu a possibilidade de enviar tropas norte-americanas para lutar em solo contra o EI (Estado Islâmico).

 

Obama enviou um projeto de lei ao Congresso que pede autorização para uma campanha militar contra a facção radical. Ela evitaria operações terrestres de longa duração, mas não exclui o uso limitado de soldados americanos em algumas missões.

 

"A resolução que apresentamos hoje não pede o envio de forças terrestres norte-americanas. Não é uma autorização para outra guerra em solo, como no Afeganistão ou no Iraque", afirmou Obama nesta quarta-feira (11).

 

"Ao mesmo tempo, [ela]fornece o equilíbrio necessário ao nos dar a flexibilidade de que precisamos para situações imprevistas", disse.

 

As Forças Armadas dos EUA poderão ser usadas em operações de resgate de americanos ou aliados e ações militares contra líderes do EI.

 

Também estão autorizadas a participação de tropas em operações de inteligência, missões para habilitar ataques cinéticos ""eufemismo usado pelo governo para operações militares com armas letais desde a intervenção na Líbia, em 2011-- e assistência ao Exército de parceiros.

 

Na prática, os EUA já realizam ataques aéreos contra o EI no Iraque e na Síria desde setembro de 2014. O país também enviou tropas para treinar soldados iraquianos.

 

A autorização do Congresso oficializaria o poder do presidente para efetuar essas operações contra o grupo e "forças e pessoas associadas a ele", diz o texto.

 

Não há limitações geográficas para as ações, o que permitiria operações além dos territórios iraquiano e sírio.

 

A autorização proposta por Obama terá duração de apenas três anos, até o início do mandato de seu sucessor ""limite inédito em resoluções do tipo. O presidente também terá de se reportar ao Congresso ao menos uma vez por semestre sobre suas decisões tomadas com base na lei.

 

Se o projeto for aprovado, será a primeira vez que o Congresso autoriza o uso da força militar desde 2002, quando o então presidente George W. Bush recebeu permissão para invadir o Iraque.

 

Obama havia pedido em seu discurso do Estado da União, em janeiro, que o Congresso aprovasse uma campanha militar contra o EI para "mostrar ao mundo que estamos unidos nesta missão."

 

DIVERGÊNCIA

 

Embora o projeto tenha apoio entre os legisladores, republicanos argumentam que os poderes dados pela autorização seriam limitados demais; para os democratas, eles podem ser excessivos.

 

"Se vamos derrotar esse inimigo, precisamos de autorização para uma estratégia militar abrangente e robusta, não uma que limite opções", disse o republicano John Boehner, presidente da Câmara.

 

Para o deputado democrata Adam Schiff, integrante da Comissão de Inteligência da Casa, preocupa a falta de limites geográficos no projeto. Além disso, segundo ele, a definição de "forças associadas ao EI" é elástica demais.

 

Fonte:Folha de S.Paulo


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