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Dólar cai e chega a R$ 3,07 após dado de inflação superior a 8% em 12 meses


08/04/2015

O dólar cai nesta quarta-feira (8), e chegou a R$ 3,07 no início dos negócios –tanto na cotação comercial, usada no comércio exterior, quanto na à vista, referência no mercado financeiro–, após a divulgação de que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, foi de 8,13% nos 12 meses terminados em março.

 

Essa variação do IPCA é a mais alta em 12 meses desde o período encerrado em dezembro de 2003 (9,30%), quando o país ainda sofria os efeitos da crise decorrente das eleições presidenciais do ano anterior, que mexeu com a confiança e fez o câmbio disparar.

 

Às 10h55, o dólar à vista caía 1,51% para R$ 3,07, e o comercial tinha desvalorização de 2,10%, também para R$ 3,07.

 

O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, subia 1,23%, aos 54.391 pontos.

 

ALTA DE JUROS

A inflação preocupante tem levado analistas de mercado a aumentar a projeção de aumento do juro básico do país (a taxa Selic), atualmente em 12,75% ao ano.

 

Os juros em alta são um atrativo para investimentos estrangeiros no mercado financeiro do Brasil, pois a remuneração dos títulos de renda fixa, que acompanha a taxa, tende a subir.

 

Essa atratividade é ainda maior considerando os sinais de que o juro dos EUA deve permanecer baixo –atualmente, está próximo de zero– nos próximos meses, uma vez que a economia americana se recupera em ritmo menor que o esperado.

 

Na última sexta-feira, a geração de empregos nos Estados Unidos ficou abaixo do resultado que se previa em março, surpreendendo o mercado.

 

Juros mais baixos nos EUA significam permanência de investimentos estrangeiros por mais tempo em mercados emergentes, como o Brasil, que oferecem remuneração mais alta.

 

Diante da perspectiva de maior entrada de dólares no mercado brasileiro, o preço da moeda americana cai em relação ao real.

 

"Há uma entrada de investidores tanto para aproveitar preços baixos de ações na Bolsa quanto os juros na renda fixa. A desvalorização forte que o real sofreu acabou aumentando o apetite do investidor estrangeiro nesse momento em que a percepção é a de que o Fed (banco central americano) demore mais para começar a subir os juros nos EUA", afirma Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.

 

Nesta quarta-feira, o Fed divulgará a ata da última reunião do comitê de política monetário do banco central americano. A expectativa é que haja sinalização de que não deve ocorrer alta de juros neste semestre, com um tom mais conservador da autoridade monetária sobre a recuperação da economia americana, diz Rostagno.

 

BOLSA

As ações da Vale, de bancos e da Petrobras ajudam a impulsionar o Ibovespa. Às 11h01, os papéis preferenciais da Petrobras –mais negociados e sem direito a voto– subiam 2,47%, para R$ 11,16. As ações ordinárias, com direito a voto, avançavam 2,03%, para R$ 11,05, no mesmo horário.

 

Às 11h02, as ações preferenciais da Vale subiam 1,49%, para R$ 16,30, enquanto as ordinárias tinham valorização de 1,31%, para R$ 19,25, no mesmo horário.

 

Às 11h03, os papéis do Itaú Unibanco subiam 1,36%, para R$ 37,83, e no mesmo horário as ações do Bradesco tinham valorização de 0,83%, para R$ 31,50. 

 

 

Fonte: Folha


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