Notícias

O petróleo bateu seu recorde de preço neste ano nesta terça (5), superando US$ 68 por barril. O petróleo Brent, referência internacional, já registra recuperação de 50% após a queda de janeiro, quando atingiu US$ 45 --menor cotação em cinco anos.

Os operadores desconsideram o mercado bem abastecido atual e olham para o futuro, esperando um aumento no consumo e a desaceleração da produção nos EUA.

A Arábia Saudita, maior exportador mundial de óleo cru, indicou nesta terça-feira que não planeja restringir sua produção e que pretende ampliar sua fatia de mercado.

O reino elevou seu preço oficial de venda às refinarias da Europa e dos EUA e os manteve firmes para a Ásia --posição vista como indicativo de que os árabes acreditam que a demanda mundial continuará a crescer.

SÓ ALÁ SABE

Ali al-Naimi, ministro do Petróleo saudita e o principal responsável pela decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de reduzir preços no ano passado, declarou na terça-feira que, "quanto aos preços do petróleo, só Alá sabe".

Ele demonstrou pouca preocupação com a possibilidade de que o aumento de preços volte a movimentar o boom do petróleo de xisto betuminoso nos EUA. Em 2014, a Opep reduziu seus preços de venda para proteger sua fatia de mercado, que estava ameaçada pela produção crescente de petróleo de xisto betuminoso nos EUA.

A retomada dos preços, porém, pode representar um novo estímulo à produção americana. A EOG Resources, maior produtora de petróleo de xisto betuminoso nos EUA, anunciou nesta semana que retomaria a perfuração de poços por fratura hidráulica em Dakota do Norte e no Texas, se os preços se estabilizarem perto de US$ 65 por barril.

Em Nova York, o barril do petróleo atingiu seu pico anual nesta terça, aos US$ 61.

Fonte: Folha de S. Paulo