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UGT promove seminário que visa compartilhamento de boas práticas no sindicalismo global


28/08/2018

Teve início nesta segunda, 27 de agosto, o “Seminário Continental de Formação sobre Instrumentos Internacionais e a OIT”, realizado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) em parceria com a Confederação Sindical de Trabalhadores da América (CSA).

 

Considerando a necessidade de a classe trabalhadora articular ações conjuntas e unitárias para aumentar seu protagonismo em nível global, o evento, que conta com o apoio da CSC (Central Sindical Cristã) e a coordenação do Ipros (Instituto de Promoção Social), enfatiza os temas: migrações, violência no local de trabalho, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), proteção social, trabalho decente e cadeias produtivas.

 

Os objetivos são trocar boas práticas entre os países participantes e criar estratégias para aplicação das mesmas em diferentes instituições, fortalecendo a luta sindical em favor dos trabalhadores mundialmente.

 

Para tanto, participam do Seminário representantes de entidades sindicais da Argentina, Bélgica, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Haiti, República Dominicana e Venezuela, atuantes em áreas como educação, setor público, panificação, saúde, portuário, comércio, asseio e conservação, segurança do trabalho, telemarketing, setor imobiliário e de vestuário e confecções.

 

Para a mesa de abertura, o evento contou com as presenças de Ricardo Patah, presidente nacional da UGT; Laerte Teixeira da Costa, secretário de Políticas Sociais da CSA e vice-presidente da UGT; Annick de Ruyver e Philippe Yerna, da CSC da Bélgica; Roberto Nolasco, presidente do Instituo de Altos Estudos (IAE) da UGT; e Antonio Duarte, presidente do Ipros.

 

“É muito importante um seminário como este, que aborda temas de dimensões tão grandiosas. A UGT tem feito trabalhos de longa data em cada uma dessas questões. Lutamos para que o brasileiro seja bem recebido em outros países, mas que faça o mesmo com os imigrantes que aqui chegam. Chamamos atenção nacionalmente, por exemplo, para uruguaios e colombianos que prestavam serviços análogos à escravidão para grifes de luxo em São Paulo. E, então, o Ministério Público foi atrás para resolver essa questão. Atuamos também em Roraima, com ações de sensibilização para a inclusão dos venezuelanos. Creio, ainda, que a UGT seja a central sindical que mais se dedica aos ODS, em temas como direitos das mulheres, dos povos indígenas, trabalho decente, entre outros. Por isso, hoje, dou as boas-vindas a todos que querem um mundo melhor, solidário e cidadão, ou seja, a todos que participam desse evento”, disse Patah.

 

Para Philippe Yerna, o Brasil tem se dedicado muito à busca de soluções para enfrentar a crise e há muitas experiências a serem trocadas. “Os temas aqui tratados são importantes tanto para os brasileiros quanto para os belgas. É necessário esse compartilhamento das ações que estão sendo desenvolvidas em diferentes países. Para enfrentar o capitalismo, precisamos nos unir. Nós enxergamos e ficamos muito impressionados com a força do sindicalismo brasileiro e esperamos poder contribuir em algo com a nossa experiência também.”

 

A importância do intercâmbio de experiências foi reiterada por Annick: “Não é porque a Bélgica é um país desenvolvido que não tem o que aprender. Queremos conhecer e compartilhar boas práticas porque acreditamos demais na solidariedade internacional por um mundo melhor”.

 

Já Laerte Teixeira enfatizou o amadurecimento do sindicalismo brasileiro nos últimos anos. “Estamos novamente vivendo tempos difíceis, como foi lá atrás, durante a ditadura. Este ano, temos eleições e, do ponto de vista sindical, isso não será uma solução. Mas temos contado demais com o sindicalismo internacional e intercâmbios de experiências como este que acontece hoje são fundamentais para atuarmos de maneira cada vez mais eficiente”, disse o secretário da CSA.

 

O primeiro painel do Seminário, coordenado por Cícero Pereira, secretário adjunto de Integração das Américas da UGT, tratou de “Processos migratórios à luz das Convenções 97 e 143”.

 

“Vamos conhecer como os movimentos sindicais de outros países atuam nas questões migratórias e trocar experiências, sempre lembrando que a migração é uma via de duas mãos, com ida e vinda. Ou seja, recebemos estrangeiros, mas também vamos a outros países. Só nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de 1 milhão de brasileiros”, alertou Cícero.

 

Após conversas e depoimentos, os participantes do Seminário, divididos em grupos, propuseram algumas medidas a serem tomadas neste tema. Entre elas: ratificação das convenções da OIT; suporte prático aos imigrantes, como facilitação de documentação e apoio jurídico; capacitação, formação e intermediação para inserção no mercado de trabalho; sensibilização da sociedade; multiplicação das informações internamente, nos sindicatos; retomada do poder das políticas públicas; campanha para a contratação dos imigrantes pelas próprias entidades sindicais.

 

Os demais temas serão debatidos até quinta-feira, dia 30, quando se encerra o Seminário, que está ocorrendo na capital paulista. 




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