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Estudo diz que 30% de mulheres sofreram maus tratos no parto em quatro países


10/10/2019

Levantamento apoiado pela Organização Mundial da Saúde, OMS, mostra que 13% das cesarianas e 59% de exames médicos aconteceram sem autorização das pacientes; mulheres mais jovens e com menos instrução correm maior risco; dados vêm de Gana, Guiné-Conacri, Mianmar e Nigéria.

 

Mais de um terço de mulheres em quatro países de baixo rendimento foram vítimas de maus tratos durante o parto. Pacientes mais jovens e com menos instrução correram maior risco.

 

O estudo acompanhou 2.016 mulheres em Gana, Guiné-Conacri, Mianmar e Nigéria. Também foram realizadas 2.672 entrevistas após o nascimento.

 

Os casos aconteceram em unidades de saúde e incluíram abuso físico e verbal, discriminação e estigma, procedimentos realizados sem autorização, uso da força, abandono e negligência por parte dos profissionais de saúde.

 

Mais de quatro em cada 10 mulheres sofreram abuso físico ou verbal, estigma ou discriminação.

 

Cerca de 13% das cesarianas foram realizadas sem consentimento. O mesmo se verificou com cortes cirúrgicos realizados durante o parto, conhecidos como episiotomias, que não foram autorizados em 75% dos casos. Exames vaginais sem consentimento aconteceram em 59% das vezes.

 

Direitos

Segundo a OMS, estes maus tratos são uma violação dos direitos das mulheres e da confiança necessária entre paciente e profissional de saúde.

 

Cerca de 38% das mulheres sofreram altos níveis de abuso verbal, na maioria das vezes sendo repreendidas ou ridicularizadas. Apenas 11 mulheres sofreram estigma ou discriminação devido à raça ou etnia.

 

A maior parte dos abusos acontece 15 minutos antes do nascimento. As mulheres jovens têm quase o dobro da possibilidade de serem maltratadas se comparado com as mais velhas. As grávidas com baixo nível de escolaridade são vítimas de abusos quase quatro vezes mais.

 

Recomendações

Para combater os maus tratos, a OMS diz que se deve responsabilizar os sistemas de saúde, mobilizar mais recursos e definir políticas claras sobre os direitos das mulheres.

 

Os profissionais de saúde também precisam de apoio e formação para poder tratar as mulheres com compaixão e dignidade.

 

A agência diz que as instalações de saúde precisam ser adaptadas para permitir mais privacidade e o processo de consentimento tem de ser melhorado. Também se deve permitir que todas as grávidas possam ter um acompanhante durante o parto.

 

A OMS diz ainda que associações profissionais, como sindicatos, podem ter um papel crucial nesse trabalho. Essas entidades devem ajudar a identificar e relatar os maus tratos de forma consistente.

 

Fonte: ONU News com informação da revista especializada The Lancet




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