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Ricardo Patah representa os trabalhadores em debate sobre retomada econômica em SP


19/05/2020

Nesta terça-feira, 19 de maio, Ricardo Patah, presidente nacional da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, participou do webinar RETOMA SP, concebido pela FGV Projetos e CCR.

 

O encontro teve como objetivo discutir iniciativas para a retomada do crescimento econômico do estado de São Paulo por meio do investimento em infraestrutura e também contou com a participação de João Octaviano Machado Neto, secretário de Logística e Transportes do Estado de São Paulo; Carlos Ari Sundfeld, professor na FGV Direito SP e sócio na Sundfeld Advogados; e César Augusto Rabello Borges, presidente executivo da ABCR; mediados por Charles Schramm, gerente executivo da FGV Projetos.

 

Na ocasião, Ricardo Patah, convocado para a reunião como representante dos trabalhadores, afirmou ser favorável à retomada da economia, desde que seja priorizada a saúde do trabalhador e que a vida deste não seja colocada em risco.

 

O dirigente ressaltou a importância da boa infraestrutura. “A logística é uma das atividades que mais pode contribuir para a retomada econômica, pois ela envolve todos os segmentos de uma sociedade inclusiva.” 

 

Patah também reiterou que o País já vivia uma crise antes da pandemia, com cerca de 13 milhões de desempregados, e que essa situação se agravou pós-coronavírus. “No ano passado, a UGT realizou, em conjunto com o setor patronal, mutirões de emprego que deixaram clara a falta de capacitação profissional. Essa é uma questão que precisa ser levada em conta na retomada dos serviços. Para superar a atual crise, é necessário gerar emprego e buscar a inclusão social. Não adianta retomar sem emprego. Máquinas não consomem.”

 

Para o dirigente sindical, “o governo federal demorou demais para dar um retorno, por exemplo, às pequenas e médias empresas. Essa ajuda não chegou. Muitas lojas e restaurantes fecharam e não vão reabrir porque houve falta de capacidade federal em gerir a urgência dessa crise. Fora isso, não fosse a atuação das centrais sindicais, o governo iria pagar um auxílio emergencial de míseros R$ 200. Fomos nós que conseguimos, pelo menos, os R$ 600. Em termos estaduais, creio que, no início do isolamento social, a redução no número de ônibus e metrôs foi equivocada e gerou aglomeração. Mas, mais uma vez, as centrais buscaram o diálogo e conseguiram que o transporte fosse normalizado. O último rodízio aplicado, por dias pares e ímpares, também não foi funcional, mas que bom que já foi terminado”.

Sobre alguns dos serviços considerados essenciais, Ricardo Patah contou que o Sindicato dos Comerciários de São Paulo fez um acordo com os supermercados. “Todos têm uma proteção de acrílico entre o operador de caixa e o cliente, oferecem álcool gel e monitoram o número de pessoas no estabelecimento.”

 

Já no setor da construção, segundo Patah, foi feito um acordo para que todos os trabalhadores façam o teste da Covid-19 antes de retornar ao labor. 

 

“Será preciso estabelecer novas regras trabalhistas. O home office, por exemplo, veio para ficar. Então, haverá que existir uma regra específica para esse tipo de trabalho.”

 

Por fim, além das ações já citadas, Ricardo Patah reforçou a atuação do movimento sindical junto às indústrias, num movimento de reconversão (ou seja, adaptação das empresas para produzir equipamentos na guerra contra o coronavírus), bem como junto aos governos, empresários e sociedade civil durante a pandemia: “Nós oferecemos ao Estado centenas de leitos das colônias de férias para atendimento de pacientes com coronavírus, disponibilizamos ambulatórios a serviço das campanhas de vacinação, colocamos carros de som nas ruas pedindo para as pessoas ficarem em casa, além de estarmos diariamente em contato com representantes dos governos e do setor patronal, a fim de buscar soluções para essa crise que assola o País economicamente, mas, principalmente, em termos de saúde. Hoje, e cada vez mais, é essencial que haja parceria e diálogo entre os diversos setores – governos, patronal, acadêmicos, trabalhador, sindicatos, sociedade civil, indústria – numa nova relação capital/trabalho”.




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