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Mercados internacionais têm queda generalizada após ameaça a Hong Kong agravar tensões EUA-China


22/05/2020

Na Ásia, em que houve fechamento em queda generalizada, pesa o fato de o país asiático decidir não estabelecer meta de crescimento para este ano

 

 

As Bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em baixa generalizada nesta sexta-feira, 22, após a China anunciar que vai impor novas leis de segurança nacional a Hong Kong, em um gesto que deteriora ainda mais as relações com os Estados Unidos. Além disso, pesa o fato de o país asiático, segunda maior economia do mundo, decidir não estabelecer uma meta de crescimento para este ano, reforçando preocupações sobre o impacto econômico da pandemia de coronavírus. 

 

Na quinta-feira, 21, um porta-voz do Legislativo chinês informou que parlamentares vão deliberar sobre um projeto de resolução para reforçar mecanismos de segurança com o objetivo de "interromper atividades subversivas e a interferência estrangeira" em Hong Kong. O Congresso Nacional do Povo, que iniciou sua reunião anual nesta sexta, deve aprovar a resolução na próxima semana.

 

O anúncio vem num momento de crescentes tensões entre EUA e China, alimentadas em grande parte por críticas do governo americano à forma como Pequim vem lidando com o surto do novo coronavírus, que teve origem na cidade chinesa de Wuhan, no fim do ano passado.

 

Na quinta, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que haverá uma "reação muito forte" de Washington se a China seguir adiante com seu plano para Hong Kong. Há menos de um ano, Hong Kong foi palco de violentas manifestações populares, motivadas por um polêmico projeto de lei que permitiria a extradição de suspeitos de crimes para a China continental.

 

Na reunião legislativa que começou , a China decidiu não fixar uma meta para seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, num reconhecimento dos desafios que enfrenta em meio a esforços para amortecer os impactos da covid-19, como é conhecida a doença provocada pelo coronavírus. É a primeira vez que o governo chinês não estabelece uma meta numérica de crescimento desde 1994. 

 

Bolsas da Ásia 

 

O Índice acionário de Hong Kong, o Hang Seng liderou as perdas na região, com um tombo de 5,56%, a 22.930,14 pontos. Entre os mercados chineses, o índice Xangai Composto encerrou os negócios desta sexta com queda de 1,89%, a 2.813,77 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto se desvalorizou 2,02%, a, 1.752,42 pontos.

 

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei caiu 0,80% em Tóquio, a 20.388,16 pontos, o sul-coreano Kospi recuou 1,41% em Seul, a 1.970,13 pontos, interrompendo uma sequência de cinco pregões de ganhos, e o Taiex registrou baixa de 1,79% em Taiwan, a 10.811,15 pontos.

 

O mau humor prevaleceu apesar de novas medidas de estímulos na região. No Japão, o banco central local (BoJ) anunciou um novo programa de financiamento para bancos, estimado 30 trilhões de ienes (US$ 279 bilhões), para incentivá-los a ampliar empréstimos a companhias afetadas pelo coronavírus. Já o BC da Índia (RBI) cortou juros, também em reação à covid-19.

 

Na Oceania, a Bolsa australiana seguiu o tom negativo da Ásia, e o S&P/ASX 200 caiu 0,96% em Sydney, a 5.497,00 pontos.

 

Bolsas da Europa

As Bolsas europeias abriram o pregão desta sexta-feira em baixa, influenciadas por crescentes tensões entre EUA e China em meio à pandemia de coronavírus, que ameaçam o acordo comercial bilateral de "fase 1" assinado em janeiro, e após dados mostrarem uma queda histórica nas vendas do varejo britânico, em função do impacto da doença.

 

Às 4h10, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres caía 1,65%, a de Frankfurt recuava 1,34% e a de Paris se desvalorizava 1,26%. Já em Milão, Madri e Lisboa, as perdas eram de 0,97%, 0,95% e 0,87%, respectivamente. 

 

Petróleo   

Os contratos futuros do petróleo operam em forte baixa na madrugada desta sexta-feira, apagando ganhos da sessão anterior, após decisão da China de não estabelecer uma meta de crescimento para este ano reforçar preocupações sobre o impacto econômico da pandemia de coronavírus. Além disso, são cada vez mais tensas as relações entre EUA e China, as duas maiores economias do mundo.

 

Às 4h19 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para julho caía 6,43% na Nymex, a US$ 31,74, enquanto o do Brent para o mesmo mês recuava 5,19% na ICE, a US$ 34,19. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS 

 

Fonte: Estadão




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