30/06/2020
Nesta quarta-feira, 1 de julho, motoboys que trabalham para aplicativos de entrega em todo o Brasil farão uma paralisação, a partir das 9h, como forma de protesto à precarização de seus direitos trabalhistas.
A luta é por aumento do valor das corridas, pacotes e valor mínimo por entrega; diminuição de jornadas de trabalho; fim dos bloqueios e desligamentos indevidos; seguro de roubo, de acidente e vida; fim do sistema de pontuação; e EPIs para proteção contra o coronavírus.
Os motociclistas alegam estarem sendo explorados pelas empresas de aplicativos que atuam no setor de motofrete, visto que estas desrespeitam as Leis Federais 12.009, 12.997 e 12.436, e, no caso de São Paulo, a Lei Municipal 14.491, promovendo a precarização das relações trabalhistas e o dumping social.
A paralisação é fruto de denúncias ao Ministério Público do Trabalho que o Sindimoto-SP e a Febramoto vêm fazendo há quase quatro anos. O MPT investigou as empresas durante quase um ano, constatando diversas irregularidades, o que resultou em multas milionárias aplicadas bem como na exigência do cumprimento de obrigações trabalhistas. No entanto, as empresas recorreram e os processos seguem na Justiça.
Só em São Paulo, a categoria abrange 280 mil trabalhadores e a paralisação deve provocar congestionamento na cidade, além de afetar os serviços de delivery.
Na capital paulista, a concentração dos trabalhadores começará às 9h, em frente ao Sindimoto. Às 11h, o cortejo seguirá pela Avenida dos Bandeirantes, Marginal Pinheiros e Rua da Consolação, até o Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A União Geral dos Trabalhadores (UGT), que representa a categoria dos motociclistas em diversos estados do País, apoia a luta desses trabalhadores.
UGT - União Geral dos Trabalhadores