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Juros para o consumo sobem pelo 7º mês seguido e ficam em 43,2% ao ano


26/08/2014

A taxa média de juros para o consumo subiu em julho pelo sétimo mês consecutivo, informou o Banco Central nesta terça-feira (26).

 

O juro do crédito livre para a pessoa física, que é concedido sem que haja uma finalidade específica, ficou em 43,2% ao ano e atingiu novamente o maior taxa para a série histórica, que teve início em março de 2011.

 

O crédito direcionado às pessoas físicas, que é é composto pelas operações com juros controlados ou subsidiados (rural, habitacional, microcrédito), teve taxa média de 8,2% ao ano, com aumento de 0,5 ponto percentual em virtude de igual alta nos financiamentos imobiliários.

 

Já as operações com recursos direcionados às empresas, a taxa média subiu 0,3 ponto percentual, a 8,2% ao ano.

 

O saldo de operações de crédito no Brasil registrou o sétimo mês consecutivo de desaceleração, com crescimento de 11,4% em relação ao mesmo período de 2013. No fim de 2013, o crédito crescia a uma taxa de quase 15%.

 

A elevação da taxa média de juros e a desaceleração do crédito são motivadas pela alta da taxa Selic e pela queda no consumo e investimentos. Para tentar reverter esse processo, o governo anunciou dois pacotes de estímulos nos últimos 30 dias.

 

Na comparação com o mês anterior, o crescimento do crédito em julho foi de 0,2%, menor taxa desde janeiro (0,1%). O crédito para as empresas recuou 0,1%. Para os consumidores, aumentou 0,5%.

 

O valor total das operações chegou a R$ 2,84 trilhões (56,1% do PIB).

 

Segundo o BC, apenas os bancos públicos ampliaram sua carteira de financiamentos no mês passado, com avanço de 0,7%. Nas instituições privadas, o saldo de crédito encolheu.

 

"A carteira com recursos direcionados manteve desempenho expressivo, impulsionada principalmente pelo crédito imobiliário destinado às famílias", diz o BC ao comentar os dados de julho. "O segmento livre, por sua vez, registrou contração em julho, reflexo da menor contratação sazonal pelas empresas e da contenção na demanda de crédito das famílias."

 

A inadimplência manteve-se em 3%, menor nível da série histórica. O índice foi de 4,3% para consumidores e 2% para empresas. Considerando apenas os recursos livres, a inadimplência teve alta de 0,1 ponto percentual no mês e alcançou 4,9%. O indicador permaneceu em 1% no segmento de recursos direcionados.

 

VEÍCULOS

Para os consumidores, a única modalidade, entre as mais importantes, cujo saldo encolheu neste ano foi o crédito automotivo (-3,9%). Na comparação mensal, a queda de 0,7% foi a sétima seguida. Esse foi um dos setores contemplados pelos pacotes recentes do governo. Outro setor beneficiados por incentivos foi o imobiliário, cujo saldo cresceu 2,2% no mês passado.

 

Para as empresas, houve queda no saldo de operações nas linhas mais significativas neste ano, como capital de giro e desconto de duplicatas.

 

Fonte: Folha de S.Paulo

 


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