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No segundo dia Fórum Unificado dos Comerciários debate diversas questões da categoria


21/05/2015

Unificar para avançar

 

Com esse propósito, seguiu-se os trabalhos do 1º Encontro Nacional do Fórum Unificado dos Comerciários das Centrais Sindicais, nessa quinta-feira (21/05), no Hotel Dan Inn Planalto, no centro de São Paulo.

Durante a manhã, na mesa que tratou do tema  “desigualdade e movimento sindical”, Clemente Ganz Lúcio, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), expôs a história recente que o sindicalismo vive para poder promover o bem estar, a qualidade de vida e a sustentabilidade. 

 

Clemente enfatizou que os sindicatos, embora já sejam, podem se tornar grandes agentes de mudanças para a sociedade, com o argumento de que estudos comprovam que países que não tem sindicato ou onde eles são fracos politicamente, o país tende a ser ainda mais desigual.

 

Ainda nessa mesa, André Santos, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), falou sobre a composição do atual Congresso Nacional e as dificuldades que ela representa aos trabalhadores. Assim, ele mostrou que no atual cenário os partidos são pulverizados, economicamente liberal, socialmente conservador e atrasado nas questões dos direitos humanos. 

 

André falou bastante sobre o quanto os trabalhadores perdem sem representantes no Congresso, lamentando, inclusive a não reeleição de Roberto Santiago, vice-presidente da UGT.

 

Uma outra mesa tratou de Saúde e a Segurança do Comerciário. Cristine Queiroz, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), discorreu sobre a Lei Nº 12.790, de 14 de março de 2013, sobre a regulamentação do exercício da profissão de comerciário.

 

Além disso, Cristina apresentou os dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), que mostram que o número total de acidentes do trabalho é muito alto. Como exemplo, destaca-se a realidade dos trabalhadores em hipermercados e supermercados, que fica entre 22 e 23 mil casos anuais – lembrando que há muitos casos que ficam sem registro.

 

Fez parte, também, dessa mesa,  Cleonice Caetano, da Secretaria de Saúde e Segurança no Trabalho da UGT e diretora de Assistência Social e Previdência do Sindicato dos Comerciários/SP. Ela falou sobre o quanto as pessoas adoecem por causa do trabalho e quais as ações da Central e do sindicato para proteger o comerciário.

 

De acordo com Cleonice, o trabalhador se prejudica já no percurso para o trabalho, passando por transportes precários e enfrentando longas horas no trajeto e chegam aos seus postos preocupados, porque os patrões não querem saber de suas questões, visam apenas o capital, isso sem falar no stress, no assédio moral etc. Ela contou, ainda, que os acidentes de trabalho fazem mais vítimas que muitas grandes guerras, mostrando que anualmente acontecem 270 milhões de acidentes no trabalho em todo o mundo, dos quais, 2,2 milhões resultam em mortes.

 

Nivaldo Santana, da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), na mesa sobre Organização Sindical, abordou do ponto de vista sindical as forças políticas e o planejamento de campanha. Assim, propôs a construção de agendas e pautas específicas da categoria comerciária.

 

Stanley Gecek, diretor adjunto da Organização Internacional do Trabalho (OIT) do Brasil falou sobre a jurisprudência normativa e que no cenário mundial, o Brasil tem grande persuasão nas conquistas trabalhistas.

 

Roberto Von Der Osten, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (CONTRAF), falou sobre as experiências das Negociações Coletivas da categoria, com a data-base unificada, a mobilização dos trabalhadores e o piso salarial.

 

Ainda na mesa sobre Negociação Coletiva, José Luis Oberto, da UNI-América, contou a experiência da negociação nacional argentina no setor do comércio.

 

Como resultado do Fórum, duas importantes resoluções foram tomadas. Os sindicalistas comerciários aprovaram, por unanimidade, a “Carta de Compromisso”, que destaca a luta unificada das Centrais para a criação de negociações coletivas nacionais para eliminar as desigualdades e as discriminações regionais. E, a coordenação do Fórum aprovou o “Manifesto dos Trabalhadores Comerciários do Brasil”, nesse texto descrevem a pauta unificada que inclui, entre outros pontos, temas como: negociação coletiva; data base unificada; saúde do trabalhador; trabalho aos domingos e feriados; e piso nacional.

 

Por Giselle Corrêa, da Imprensa da UGT

 


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