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Financiamento de imóvel com recursos da poupança cai 9% no primeiro semestre


26/07/2017

Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança (SBPE) totalizaram R$ 20,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, montante 9,1% inferior ao registrado em igual intervalo de 2016, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). 

 

Levando em conta apenas o funding do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), foi vista alta de 0,2% no primeiro semestre ante um ano antes, para R$ 31,1 bilhões. Somados, os dois segmentos encolheram 3,7%, totalizando R$ 51,7 bilhões em relação aos R$ 53,6 bilhões registrados de janeiro a junho do exercício passado.

 

Foram financiadas, com recursos das cadernetas de poupança, 82,5 mil unidades entre aquisições e construções no período, recuo de 17,9% em relação à primeira metade de 2016, quando 100,5 mil imóveis foram financiados. 

 

Apenas em junho, conforme a Abecip, o montante de financiamento imobiliário alcançou R$ 3,8 bilhões, alta de 6,5% em relação a maio, mas retração de 11,1% no período de um ano. A quantidade de imóveis financiados no mês passado subiu 5,7% e recuou 22%, nas mesmas bases de comparações, para 15,4 mil unidades.

 

"O primeiro semestre foi ruim. Esperamos decrescimento menor ou ao menos empate com o ano passado e isso não aconteceu, mas o patamar de empréstimos continuou interessante", disse o presidente da Abecip, Gilberto Abreu, em coletiva de imprensa, lembrando que as empresas estão em um ritmo menor de construção de novos empreendimentos após um ciclo de elevados estoques.

 

Diante desse desempenho, a Abecip resolveu revisar para baixo a projeção esperada para este ano. De alta de 5%, considerando empréstimos com recursos das cadernetas, para queda de 3,5%, com um total de R$ 45 bilhões. Já as linhas que usam funding do FGTS devem crescer 4,1%, contra projeção anterior de declínio de 1,5%, para R$ 72 bilhões. Juntos, os dois segmentos devem ter alta de 1,0% em 2017 ante o ano anterior, totalizando R$ 117 bilhões, conforme as projeções da Abecip.

 

"Não estamos vendo ainda ciclo de crescimento na economia, mas estamos saindo do vale, do pior momento. A expectativa de melhora no primeiro semestre não aconteceu, mas há sinais de inflexão de que vamos voltar a crescer com novas bases", destacou Abreu.

 

Juros. A possível queda da taxa básica de juros, a Selic, para um dígito - conforme expectativa do mercado para a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de hoje - será positiva para o crédito imobiliário, uma vez que pressionará para baixo o custo do segmento e trará mais concorrência entre os bancos, segundo o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Gilberto Abreu. "Recursos mais baratos vão voltar a irrigar o mercado de crédito imobiliário uma vez que a poupança ficará mais competitiva em relação aos fundos de investimento", destacou.

 

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O presidente da Abecip destacou que, embora juros de um dígito sejam positivos para o setor de crédito imobiliário, quando a Selic cair abaixo dos 8,5% ao ano permitirá crédito mais acessível e barato para o segmento, pois de forma automática passam a valer as novas regras da poupança, que tornam o instrumento mais atrativo.

 

"Com Selic a 8%, a poupança será extremamente mais competitiva e voltará a ter fluxo importante de recursos, que contribuirá com o crédito imobiliário e traria os preço dos financiamentos para perto de um dígito ou de um dígito", reforçou Abreu.

 

Ele afirmou, contudo, que a Selic em um dígito já adiciona uma dose a mais de concorrência entre os bancos no crédito imobiliário. O próprio banco que o presidente da Abecip representa, o Santander Brasil, já anunciou uma estratégia mais agressiva para ganhar espaço neste segmento, inclusive, com redução dos juros.

 

No primeiro semestre deste ano, o saldo da poupança somou R$ 525,4 bilhões, aumento de 6,5% em relação ao mesmo período de 2016. No ano passado, o aumento foi de 1,3% após recuo de 3% em 2015, segundo dados da Abecip e Banco Central.

 

Fonte: Estadão

 


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